Colorindo Bilhões

Imagino o diálogo na sala da equipe do marketing que teve a primeira ideia de fazer esses livros de colorir para adultos. Em uma mesa de reunião, naquele momento eureka, a conversa se dando mais ou menos assim:

— Já sei! — berra o diretor de criação, socando a mesa — Vamos colocar todas essas mulheres neuróticas DO MUNDO pra pintar livrinhos de colorir como se fossem crianças, só de sacanagem? Transformamos isso numa febre, vamos faturar bilhões!!!!

— Mas rapaz — pondera o gerente editorial — como vamos convencê-las? A mulherada anda frenética, sem paciência pra porra nenhuma, cheias de coisas pra fazer, cuidar e organizar… Cada vez com mais acúmulo de responsabilidades! Não vão ter saco pra isso não, será?

— Então, cara! — exclama o diretor de criação, com aqueles olhos arregalados de cocainômano — Fica mais fácil ainda! Basta dizer que é “anti-stress” e dar uma roupagem sofisticadinha, cara!

— É… pensando por esse lado, de repente dá certo mesmo.

— Claro que dá rapaz… homem é idiota, a gente convence com mulher pelada, carro esporte e futebol e tá muito bom, mas com mulher a gente tem que ser mais malandro pra convencer… É mandatório dar uma roupagem sofisticadinha, sacou? Tem que elevar o negócio a status de moda, que aí sim, elas caem que nem patas! Tá pensando o que! Quem decide o que elas querem SOU EU!

O resto, como dizem, é história…