CORRUPÇÃO
 

Meu falecido marido, o Celso, ia frequentemente a Brasília. Estava envolvido em uma licitação para a venda de rádiocomunicadores para a Polícia Militar do DF. Ele, naquela época, trabalhava para uma grande empresa de telecomunicações em SP.

O fato ocorreu no início da década de 1980. Celso estava no Aeroporto de Congonhas esperando a hora de seu voo para Brasília quando, na sala de embarque, encontrou seu primo que ia para o mesmo destino e, coincidentemente, no mesmo avião. Enquanto esperavam, sentaram-se e começaram a conversar, fazia tempo que não se viam.

Celso contou a ele a finalidade de sua viagem, que tinha a expectativa de que a empresa para a qual trabalhava ganharia a concorrência. Estava muito animado. Então, perguntou ao primo o que o levava à Capital Federal. Este, que era executivo de um grande banco, disse-lhe apenas que

“ia a Brasília fazer lobby e corromper político.”

E nada mais disse, nem lhe foi perguntado....


 
Aloysia
Enviado por Aloysia em 18/09/2020
Reeditado em 18/09/2020
Código do texto: T7066543
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