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As Chaves da Vida
Passos lentos, arrastados, dirigiu-se à garagem. Sonolenta, olhou para o relógio... exatamente às 7:00h, daquela fria manhã de abril.
Os primeiros raios solares não foram suficientes para lhe despertar o ânimo e seguir viagem ao escritório de conhecida multinacional, em que atuava como competente secretaria-executiva.
Com certa morosidade, ainda bocejando, entrou no Jeep Commander, estacionado próximo ao portão da saída. Preguiçosamente, sentou-se no banco do volante. Estendeu as mãos em direção ao console, procurando algo. Passados alguns segundos, murmurou impaciente: “Onde estará? Onde estará?”.
"Ah... certamente, deixara sobre a confortável e relaxante banheira térmica"... onde, em grande estilo, satisfazia suas necessidades pessoais mais íntimas.
Naquele instante, um pensamente malicioso veio à mente; um sorriso maroto aflorou em seus lábios...
"Muitas vezes esquecera as 'chaves do veículo', jogadas em lugar qualquer do amplo apartamento. Já as 'chaves do prazer', sempre estariam às mãos". Com elas, rotineiramente, escrevia o primeiro compromisso da sua agenda diária.
(Reedição)
Antônio Rodrigues de Carvalho Neto