UM CONTO PARA PENÉLOPE

És a história de uma história...

Na curva de rio em que mora

Fica a vagar a meiga donzela

Sempre a espera

Da beleza passar

Acha o tempo a demorar

Acha tudo fora de lugar

Acha sem graça a graça de brincar

Procura esmeraldas para se enfeitar

Procura flores para seu colar

Procura estrelas para seu cabelo iluminar

Esperava um príncipe de montaria alada

Esperava... Aos animais encantava

Esperava... Mas triste por não ser amada

Chorava... Uma dor tamanha

Que do alto de sua montanha

O Rei Lobo em sua campanha

Ouviu seu pesar...

O sábio e vigoroso rei Lobo

Pediu ao pequeno Rhius, o corajoso

Que levasse a princesa um bem valioso

Rhius passou pela floresta em sua montaria

Ao chegar, tremia, pois a visão de tão bela menina...

Seu coração como um furacão batia

A princesa recebeu embrulhado

Um espelho encantado

De fino tratado

que tudo sabia

Olho espantado

ela não se reconhecia

Tão linda! Tão Linda!

Encantada, começou a cantar

e na ciranda se fez perguntar:

- Pequeno, estou bela por obra deste espelho?

Como um trovão, veio à voz do Rei Lobo em Resposta:

- Não!

Rhius e a princesa, espantados Eu, o sapo confesso envergonhado que aquela voz, mesmo suave e doce, me deixou paralisado... E continuou:

- Minha pequena menina, o que vê não é obra da magia, é apenas o reflexo real que tua alma erradia!

Falou então a voz de cantora a Loba mãe e pastora:

- Pequena filha vê-se linda por que linda és, não á príncipe neste reinado, digno de seus pés, por isso o Rei lhe deu a visão, agora sabes, o amor esta em outro lago, e a beleza é fruto de seu coração...

Eu, o sapo... Comunico emocionado, aqui acaba o conta de Penélope a princesa do lago... Mas, haverão outros, pois junto aos Lobos ela viverá seu legado... Promessa de sapo!

Reeditado: Contos II

OTAVIO JM
Enviado por OTAVIO JM em 15/12/2008
Código do texto: T1335802
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