FÁBULAS DE LA FONTAINE:
O LOBO,A RAPOSA E O MACACO.
Fulo de raiva,dedo em riste e espumando pela boca,o lobo saiu do seu covil,acompanhado de seus assessores e se dirigiu á Corte de Justiça para queixar-se ao macaco,supremo juiz.
Sem escrivão ou advogado,disse ao macaco que tinha sido diversas vezes roubado pela raposa e que marcas do seu rasto tinha sido deixadas na sua porta.
O magistrado intimou a raposa que,naturalmente,negou tudo.E provocou:
-Como um refinado ladrão como Vossa Excelência pode acusar os outros de roubo?
Meu único crime é ser do partido contrário!
O juiz, tonto com a barulheira e a troca de ofensas e palavrões bateu com o martelo pedindo silencio e falou:
-Conheço o passado dos dois;não pensem que me enganam.Um não é melhor que o outro.
A justiça está cansada de ver gente como vocês a deblaterar,apontar,acusar uns aos outros pelos mesmos crimes,cometidos nos mesmos moldes.E cansada de conchavos quando vos convém.
Por isso,condeno os dois a devolver o roubado além de pagar custas em dobro e oito anos de degredo.
Um bom juiz sempre acerta quando condena um malvado!
*Fábula de La Fontaine,adaptada por Miriam Sales.
$Qualquer semelhança com o Senado Federal não é mera coincidência.
Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 20/08/2009
Código do texto: T1763914
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