Reinos e Dragões - Capítulo 1

Entre vários livros que comecei mas nunca dei continuidade está o de fantasia "Reinos e Dragões" (título provisório), tenho partes da história prontas em minha cabeça mas por vários motivos, acho que, principalmente falta de apoio (mesmo motivo que me levou a não terminar os outros) só escrevi o capítulo 1. Digo "apoio" no sentido de alguém para dar opinião, crítica e sugestões ou, o que sempre quis, alguém para ser co-autor, alguém com quem dividir o fardo de escrever. Resolvi publicar no Recanto por pena do "total anonimato da obra", se eu receber comentários quem sabe eu não retorne a escrever.

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Capítulo 1: Grandes revelações

Fantletasia é um planeta parecido com a Terra em sua formação geológica e em outros aspectos, localizado em um universo paralelo, possui como principal diferença de nosso planeta a existência de algumas criaturas que só existem no imaginário terráqueo e algumas outras inimagináveis.

Era tarde, o sol já havia se posto e o turno de Daniel estava para começar. Daniel é um humano de 21 anos que vive na área da classe média de Naktis, a maior divisão governamental de Fantletasia, trabalha em sua função que é a de segurança do laboratório de pesquisas localizado em um local secreto na área nobre de Nakitis, a função de cada indivíduo é designada pela Dracle-potentem, uma organização muito seleta que governa o mundo há muito tempo, aparentemente, o governo perfeito, seguindo o ideal autoritário justificado pelo lema “Ordem rígida para garantir a paz”.

– Está atrasado Daniel! Isto não é aceitável, você tem uma função de confiança, se voltar a se atrasar será realocado – disse com uma voz sinistra o pálido humanóide.

– Isto não voltará a se repetir, senhor – disse Daniel em tom submisso, ele realmente acreditava na infalibilidade do sistema que vigorava a milhares de anos. O superior de Daniel saiu pela grande, espessa e pesada porta de madeira e Daniel a fechou com dificuldade apesar de ser relativamente forte.

Daniel perambulava pelo extenso laboratório há algumas horas quando viu um brilho piscar em uma das salas, entrou na sala e apontando a lanterna acesa para a direção do brilho viu dois grandes ovos, um branco com leves manchas acinzentadas que reluzia e o outro ovo negro fosco e mortiço, e poderia dizer até que um tanto fúnebre, enquanto a sensação de olhar para o primeiro era estonteante o outro provocava angústia.

Sua atenção só se desviou ao ouvir uns ruídos como de uma maçaneta sendo forçada seguido de um ranger como de uma porta de metal se abrindo correu até a sala ao lado e ao procurar com a lanterna encontrou uma porta de metal aberta, segurava a lanterna com a mão direita e com a outra segurava o cabo do revólver preso em sua cintura, inesperadamente tomou uma rasteira que o fez cair derrubando a lanterna girou alguns segundos no chão apontando seu cone de luz para todas as direções até que alguém a ergueu apontando para o segurança que quando fez menção de pegar o revólver foi pego pelo punho, a mão de quem o capturou pesada com uma textura diferente, era um orc, ou melhor: um meio-orc, ele concluiu isso quando a lanterna foi apontada para criatura, a mulher que segurava a lanterna revelou os outros integrantes do grupo iluminando-os, um grande grupo misto composto principalmente por humanos, a última ser revelada pela lanterna foi sua portadora, uma mulher que tinha o rosto cansado uma roupa gasta, todos vestiam a mesma roupa como um uniforme de prisão.

– Provavelmente você se pergunta quem somos nós?! Somos mais vítimas do sistema, como você.

– Do que está falando?

– Claro que não sabe do que estou falando, de certo você foi escolhido pra esta função por sua alienação. O governo perfeito que se divulga não existe, não existe um bom governo desde que Draclestat tomou o poder a milhares de anos; Nós – dá uma pausa apontando o grupo com a lanterna – somos cobaias neste laboratório, por quê?! Pois nos recusamos a simplesmente aceitar o sistema, isso eles não... – o discurso dela foi interrompido pelo estrondoso estouro, voaram enormes estilhaços de madeira para todos os lados e no lugar onde deveria estar a enorme porta de madeira havia um dragão vermelho e montado nele o superior de Daniel e atrás deste um pequeno exército de humanóides também albinos, claramente eram da mesma raça que ele: vampiros de energia, em algum momento o segurança havia disparado o alarme silencioso, a mulher ficou irada.

– Desgraçado! Nos denunciou! – ela se agachou e pegou o revólver dele começou a disparar contra o grupo de vampiros de energia.

– É impossível! Dragões estão extintos a mais de mil anos – disse Daniel impressionado, na verdade estavam todos impressionados, a reação dele era mais para total assombro.

– Mais uma das coisas que o governo esconde – disse o orc em tom agressivo e em seguida partiu para uma investida contra o dragão, mas o enorme réptil em um golpe usando a cauda derrubou metade do grupo, a batalha prosseguiu por alguns instantes e a única vantagem que pensavam ter tinha se frustrado, a munição do revólver já havia acabado, e só dois dos vampiros de energia estavam caídos, estava claro que o grupo de cobaias iria perder.

Daniel viu novamente aquele brilho e ignorando toda a confusão que se alastrava caminhou em transe hipnótico até o ovo branco, colocando a mão neste sentiu-se dominado por uma força que era maior que ele, sua mão estava travada.

– Quando encontrar com ancião branco, o que acredito que ocorrerá em breve, a escolha será só sua, mas saiba que só você pode fazer o que foi designado, e só você pode deixar de fazer. – a voz soava estranhamente dentro da mente dele e em seguida seu corpo começou a reluzir como uma lâmpada até que perdeu a consciência.

Cayyan
Enviado por Cayyan em 03/12/2009
Reeditado em 03/12/2009
Código do texto: T1958881