BEIJOS SOB O LUAR

[aqui está o conto do qual eu ja havia publicadoa primeira, com o nome noite perfeita... agora o posto aqui por inteiro e com um novo nome... espero que gostem!]

É a noite perfeita. Eu convido-te para sair, convido ainda mais alguns amigos para não dar nas vistas.

Inicialmente vamos até um café, tu nem reparas que hoje eu te olho de maneira diferente. És simpático como sempre. De seguida vamos até um pequeno bar.

Depois de duas bebidas eu não aguento nem mais um segundo. Seguro a tua mão e com um olhar cúmplice peco-te que me sigas. Noto em ti uma expressão interrogativa, mas nada me perguntas.

Eu dirijo-nos para a porta, o porteiro diz boa noite e eu digo que talvez ainda voltemos. Está frio na rua, mas nada que não se aguente, no fundo eu nem ligo muito, o que tenho em mente ocupa muito mais espaço que uma simples brisa de Dezembro.

Subimos a rua e atravessamos a praça, o meu coração acelera, parece querer saltar-me do peito. Durante a nossa pequena jornada a pé tu tentas perguntar-me o que se está passar e para onde te levo, eu apenas te peço para não me perguntares nada e continuamos a andar, e por estranho que pareça ainda de mãos dadas.

Enquanto chegamos e não chegamos ao lugar onde me quero revelar, pela minha cabeça passam mil milhões de coisas, o que vou dizer, o que vou fazer... Nada sei de concreto, apenas que poderei obter duas respostas: um sim ou um não! Sei que a tua cabeça também está cheia de questões, mas também sei que lá no fundo sabes o que vai acontecer.

Estamos quase a chegar e a minha mão fica mais tensa... Sento-me nas escadas e tu sentas-te logo a seguir...

Estamos num dos lugares mais bonitos da cidade. É agora...

Inspiro para tomar coragem e finalmente digo algo:

- Sabes porque te trouxe aqui?

Desvias o olhar, o que me deixa receosa e respondes:

- Eu gostava que fosses tu a dizer-me isso.

Calei-me por uns segundos, subi mais uns degraus e fiquei no topo, inclinei-me até me deitar, na realidade estava a tomar mais uma vez coragem para dizer o que tinha para te dizer.

Passados uns segundos, talvez um minuto, que me pareceu na realidade uma eternidade, vieste até junto de mim e deitaste-te ao meu lado, nessa altura as nossas mãos tocaram-se e o nó que tinha no meu estômago apertava-se ainda mais.

De repente sem que eu desse por isso estava a citar um filosofo:

- “AQUILO QUE CONSIGO EXPRESSAR SÃO OS MEUS LIMITES”.

Olhaste-me com uma expressão confusa eu própria não sabia ao certo o que estava a dizer mas lá continuei:

- não me perguntes porque é que disse isto porque não te sei responder. Apenas me apercebi agora que o filosofo que o disse até podoa ter razão em muitas coisas como a pintura ou a literatura mas no que diz respeito aos sentimentos não é bem assim. Pois se assim fosse eu não estaria aqui e agora com estes problemas todos.

Provavelmente estarias a pensar que eu estava louca, o que até é verdade em parte mas todo aquele discurso sem nexo me tinha feito relaxar.

- o que eu te estou a tentar dizer com este discurso mirabolante e sem sentido é que estou a ter dificuldade em te dizer que não te vejo mais como um simples amigo, comecei a gostar de ti para alem…

Sem que eu esperasse tu inclinaste-te sobre mim, ficamos cara a cara. Os nossos olhares enterraram-se um no outro e nessa altura soube o que era o paraíso.

Senti os teus lábios tocarem os meus, muito suavemente… Não pensei em nada, o mundo tinha parado para mim!

Antes de voltar a abrir os olhos pedi para que não fosse sonho. E sabes que mais? Não era sonho!

Ficamos ali boa parte da noite entre beijos sob o luar e momentos de paz sob a estrelas. Apenas tu e eu!

FIM

SophieVonTeschen
Enviado por SophieVonTeschen em 09/12/2006
Reeditado em 09/12/2006
Código do texto: T313570