UNA BELLA RAGAZZA

As férias chegam ao fim, os familiares e amigos já de volta à cidade, com isso reiniciei a leitura de um romance interrompida por ocasião do período de descanso. Trata-se de uma literatura de muitos personagens, viagens e disputas de tronos por várias realezas. Um livro volumoso, com mais de 500 páginas, há momentos que a leitura cansa a mente e a visão do leitor. Num instante repousei o livro sobre a cama, tirei os óculos e fechei vagarosamente os olhos, mergulhei no túnel do tempo, passeando na avenida do passado e, a passos curtos observei as vitrines da vida, decoradas pela ação do tempo, umas multicoloridas, já outras apenas black and white photographs. O colorido sobrepondo o preto e branco, levou-me ao transe, aquela hipnose aos arrepios aguçando meu lado mediúnico como participasse de uma terapia de regressão. Da outra extremidade da avenida percebi que, caminhava lentamente ao meu encontro una bella ragazza de uns vinte e poucos anos de idade, estatura mediana, cabelos pretos e lisos de pele clara e macia. O balbuciar dos seus lábios emitindo uma voz suave que parecia me dizer algo sobre nós. Foi ai que, o invento de Graham Bell chamou, me retirando do sonho para, o mundo dos mortais.