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                        TROV DA CAVERNA 04


 

 

     O pajé disse fazendo uma cara fechada e de desprezo: -- você vai andar em direção de onde vem o grande rio tub-pá até onde ele encontra com o rio Pac-Tú e terá que trazer o dente da onça branca. O dente terá que medir o tamanho da minha mão aberta, isto valerá a você escolher uma esposa jovem. Se trouxer uma placa do Jatí-biú poderá escolher uma esposa de meia idade, mas terá que ficar por lá até quando a lua grande aparecer o tanto de dedos que você tem nos pés e em uma das mãos. A mãe achou que estava bom, pois, se ele conseguisse voltar, não importaria sua feiura, ele seria respeitado e ela passaria a ter condição de requerer marido, coisa que ela não tinha direito por ter ficado prenhe sem saber quem era o macho. Assim, como era costume: no outro dia nos primeiro alvores da manhã, ela acompanhou Trov por boa parte do caminho e se despediu com a recomendação carinhosa de uma mamãe:  -“traga o que o pajé pediu ou não volte aqui para envergonhar sua mãe”. Não nesta mesma ordem, o rapaz partiu meio triste, mas sem chorar.

     Trov caminhava um pouco desiludido, pois, era feio, mas não burro. Percebeu que todos queriam se livrar dele só por ele não ser igual aos outros, mas muitas vezes tinha visto seu reflexo nas águas límpidas do lago da cor do céu e não se achava tão feio. Era diferente, mas forte, tinha os dentes brancos e bem mais alto do que seus parentes da tribo. Aos poucos foi enlevando-se com a beleza da mata na margem do rio onde os bichos de toda espécie se alvoroçavam à sua passagem, pássaros de plumagens coloridas e canto mavioso que ele imitava em assobios tão perfeito que eles o seguiam enquanto caminhava. Caminhou o dia todo sem parar, não se sentia cansado, quando a tarde começou a tingir de sombras as fraldas das montanhas, ele parou e mergulhou no rio e se lavou. Na margem colheu os frutos dos pés de goiabas, abundantes naquele local. Subiu num pé de ingá e também comeu os bagos maduros e doces tirados de suas vagens.

Sabia que não choveria naquela noite, por isto cortou quatro folhas jovens de palmeira e tramando alguns galhos finos na parte mais alta do pé de ingá e projetada para cima das águas do rio. As folhas colocadas a guisa de teto evitavam o sereno molhá-lo e à sua velha pele de onça. Única vestimenta para, aquecê-lo e que o povo da sua tribo acreditava que outras onças não se aproximariam, pois, era de um macho e o cheiro fazia os outros animais se confundirem e se afastarem embora não fosse muito confiável o recurso era muito usado pelos da sua tribo.


 

 
PROVA DA MURU.
 
Entre belos recantos mineiros
Lá vai nosso valente troglodita,
Cumprir o destino de guerreiro
E fazer sua história ser bonita.



Interações da poetisa Norma obrigado mestra.

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22/11/2018 19:27 - 
Norma Aparecida Silveira Moraes


O MAIS BELO JOVEM DA TRIBO
MAS NINGUÉM O ACHAVA ASSIM
DERAM UMA MISSÃO DE TRIBUFU
MAS QUE ELE VAI CUMPRIR ENFIM

PELAS MATAS VAI CAMINHANDO
E CONHECENDO OS SEGREDO DELAS
ASSIM ATÉ VAI SE ACOSTUMANDO
BUSCANDO SEUS ALIMENTOS NELAS

Para o texto: 
TROV DA CAVERNA 04 (T6505168)

 

Obrigado meu grande mestre Jacó Filho, saudades de ti amigo, agora que vi sua interação após três anos desculpe pela falta. abração.

 

foto

Jacó Filhohá 3 anos

 

Quando se surpreender,

Cumprindo o combinado,

Todos passarão a ver,

O guerreiro consagrado...

 

Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

 

Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 17/11/2018
Reeditado em 17/01/2022
Código do texto: T6505168
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