O enigma do Wakama
 

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                     O enigma do Wakama - Degustação
 
"... No quarto do motel, Patrícia termina de se pentear para saírem. Carlos os preferia, pois dispunham de muito mais conforto do que nos hotéis tradicionais, com sauna e piscina térmica que coubesse os dois ao mesmo tempo e um serviço de quarto mais eficiente, bem apropriado para os que procuram aconchego e não simplesmente para fazerem sexo e dormir, ao invés de amor.

Ao chegarem, Carlos pediu petiscos, uma garrafa de champanhe e morangos frescos, que agora se encontrava vazia na balde com algumas poucas pedras de gelo não derretidas, ao lado da banheira ainda cheia e com vestígios da espuma dos sais e shampu; após um breve período de relaxamento na água morna, ela colocou-se as suas costas, passando a massageá-lo suavemente, nos ombros, no pescoço, nos braços, nas mãos..., sentindo diluir-se entre seus dedos longos e afilados a tensão e esgotamento que se acumulara em seu corpo por todos aqueles dias e, contudo, sem as respostas esperadas.

Em seguida, ele também passou a massageá-la, retribuindo e surpreendendo-a como conseguia toques tão suaves e delicados com seus braços, mãos e dedos musculosos e rígidos pelo constante exercício físico, percorrendo sua nuca, suas costas, sua cintura, a coluna até as nádegas, sempre alternando o movimento de suas mãos com suaves beijos, delicados, ternos, profundos.

Após, posto a sua frente, passou a massagear seus pés, a sola, cada um e entre os dedos, beijando-os alternadamente, o calcanhar, o peito dos pés, subindo pelas pernas, vagaroso e detendo-se em seus joelhos, beijando-os carinhosamente e com mais intensidade, suas coxas, os pelos dourados de seu púbis, onde se detém por um tempo maior, beijando-o mais carinhosa e intensamente ainda.

Patrícia põe as mãos em sua cabeça, puxa-a e beija-o ternamente, com imenso amor, olhando no profundo de seus olhos que também beija, e a conduz ao ponto em que estava, como se pedindo que não interrompesse a viagem de descoberta de cada um dos detalhes de seu corpo, de suas retas, curvas, vales e cumes, desde os mais aparentes aos mais íntimos, reclinando a cabeça sobre a borda, como se dormindo, em êxtase.

Carlos volta a seu púbis, recomeça a acaricia-lo, beija-lo, pelos, lábios, clitóris, ternamente, delicadamente, profundamente, suas mãos apoiando as nádegas firmes e que trazem o ventre amado em direção de seu rosto, ventre que em tremores crescentes explode em frêmitos, uma, duas, três vezes, convulsivos, como o de um vulcão que o suga, convida, pede, implora que pare, exige que continue pela pressão das mãos em sua nuca, acariciando-a, correndo os dedos em seus cabelos.

E não se detém em sua peregrinação pelo corpo amado, subindo por sua barriga e detendo-se no umbigo que beija demoradamente, chegando aos seios que acaricia, beija, suga e mordisca cada um dos mamilos enquanto acaricia o outro, passando a beijar seu pescoço, lábios, olhos, orelhas, que beija, mordisca, lábios que suga, beija sôfrego, sentindo as mãos que acariciavam suas costas transformarem-se em garras que as arranham e laceram em linhas paralelas e oblíquas, quando a penetra vagarosamente, até o mais profundo de seu corpo, de seus instintos que o reclamam e enlaçam com as pernas ao redor de sua cintura, prendendo-o, chamando-o, exigindo-o, fundindo-se e explodindo ambos em orgasmos que os conduzem ao infinito...

 
LHMignone
Enviado por LHMignone em 26/09/2005
Reeditado em 01/07/2015
Código do texto: T53949
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