PLANETA ZKR 33

PLANETA ZKR 33

Comandante, falou o capitão dirigindo-se ao seu superior, estamos na rota estipulada pelo CSC ( Comando Superior Central), devemos baixar nossa velocidade para 50 icsons? Aguarde até ultrapassarmos a ZTA ( zona térmica afetada) não desejo expor a nave a riscos desnecessários, já estamos viajando a várias anos centauros, qualquer atitude precipitada poderia inviabilizar a missão, e então pode reduzir para 20 icsons e gradualmente reduza apenas para 5 icsons ao atingirmos distância suficiente para que nossos instrumentos possam realizar as leituras necessárias ao que viemos pesquisar, mas tome a precaução de manter distância segura, acima da estratosfera para não sermos atingidos por possíveis raios, ondas radioativas ou gases proveniente desse planeta provavelmente inóspito. O comandante Antonio era homem experiente, com muitos anos em viagens inter estrelares em missões arriscadas jamais perdeu um de seus membros, realizava as operações com precisões incríveis, sempre seguindo à risca os procedimentos ditados pelo manual, no comando da nave Verdugo III, ele o comandante sabia que estava sendo assessorado pelo competente capitão Airtom. O capitão Airtom tinha um rosto pode-se dizer que bondoso, até quem sabe as vezes amável, sabia lidar com a tripulação, mas sem perder o tom enérgico e decidido, justamente se opondo ao comandante Antonio, dizia-se pelos cantos que dava a impressão do comandante ter feito plástica para nunca esboçar o menor sorriso. Ao ultrapassarem a ZTA a engenheira de vôo Elizabeth notou que havia algo de errado, devido a tempestades cósmicas a nave foi desviada de sua rota inicial, imediatamente a bela e sensual mulher recorreu ao imediato Noburo na tentativa de retornarem ao curso original, após longas e exaustivas tentativas derem-se conta de que estavam à deriva, sendo arrastados por uma força magnética até então desconhecida. Longo tempo foi transcorrido até avistarem um planeta, avermelhado, coberto por uma nuvem de poeira em diversas camadas. Elizabeth com voz doce e delicada que lhe era peculiar exclamou! O que será isso? Que horror. O capitão Airton e o comandante se entreolharam incrédulos ao que estavam presenciando, capitão disse o comandante em todo meu tempo e viagens à bordo da Verdugo III, nunca vi nada semelhante. Era um planeta completamente esturricado, com montanhas rochosas acima de 6 mil metros e depressões que poderia facilmente ultrapassar essa marca. Todo esse cenário era castigado por ventos de altíssima velocidade, raios constantes riscavam o planeta de cima a baixo, rios de fogo rasgava o planeta em todas as direções. Imediatamente o comandante ordenou que fosse baixado o fotoexpectrômetro Z 5, até então o mais moderno e eficiente aparelho de investigação já construído pelo CSC. Ao chegarem os resultados, os dados foram inseridos em um potente computador, que imediatamente passou a mostrar em uma tela biosensorial os dados coletados. Era um planeta que provavelmente havia em determinada época experimentado a presença de água, tal conclusão foi observada devido a algumas fotos mostrar o que poderia ter sido uma floresta, mas diante de temperaturas tão elevadas punha essa teoria em dúvida, a total ausência de oxigênio os níveis de carbono, enxofre, ácidos corrosivos eram por demais elevados, ampliando seu poder destrutivo a contaminação radioativa apresentava-se por demais acima dos níveis suportáveis, mesmo usando-se trajes de proteção de última geração. O imediato Noburo sugeriu ao comandante que dessem diversas voltas ao redor desse misterioso planeta, seguindo rotas diferente, na tentativa de obter resultados diferentes. Tudo em vão, os dados não se alteravam, não havia o menor registro de presença de água ou vida, nem micro organismos foram detectados. Isso posto concluíram que não havia a menor possibilidade de haver vida nesse planeta tão inóspito. Porém havia uma imagem na tela a qual todos tentavam decifrar, deixando a tripulação aturdida na expectativa de identificar aquela estranha silhueta. O que seria? Qual a finalidade? Qual o tempo que estava ali? Mas que forma estranha? Toda imponente uma figura encoberta por uma grossa camada de poeira, que mal podia-se identificar sua forma, Em nenhum de nossos registros colhidos em toda galáxia vimos algo semelhante. Todos os registros eletrônicos foram vasculhados pelo potente computador, para através de semelhança poder decifrar do que se tratava. Nisso diante do espanto, adentra na ponte de comando a Creuza, mulher já com certa idade, cuja função era a de garantir o bem estar da tripulação cuidando da parte principal, o estômago, entre servir um cafezinho para cada um Creuza olhou para a tela e arregalou os olhos, exclamando, não acredito, não pode ser. Em tom de brincadeira um dos engenheiros da nave Verdugo III dirigiu-se a velha senhora, Dona Creuza a senhora pode nos dizer do que se trata? Creuza caminhou em direção à tela biosensorial , enxugando as mão no avental, com mãos trêmulas, apertou os olhinhos, limpou e recolocou os óculos. Todos ficaram pasmos ao ouvir a Creuza exclamar.... Nunca pensei nem imaginei que fosse ver essa imagem outra vez. Aturdidos pela frase e exclamação da velhota o capitão Airtom ordenou de forma incisiva. Dona Creuza se a senhora sabe do que se trata diga-nos, estamos ansiosos por saber. Creuza pediu permissão ao comandante para falar e, iniciou sua curta narrativa. Certa vez fui ter com meus avós, eu era muito pequena, arteira e curiosa, abri um velho baú no qual dentre muitas quinquilharias havia um antigo computador que devia pertencer ao meu tataravô. Para minha surpresa ao ligar o aparelho ele funcionou. Na tela surgiram estampada várias imagens de um lugar e objetos e tanta coisa que eu nunca tinha visto. Mas uma delas aguçou minha curiosidade, nem sei por qual motivo, ao perguntar para meu avô o que era aquilo, ele apenas me respondeu que eram Pirâmides construídas num deserto em um lugar chamado Egito......

LUIZ BORTOLO

03/04/2019.

nestorfelini
Enviado por nestorfelini em 03/04/2019
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