Caiu um meteorito no meu quintal!

- Que noite! – disse a Amanda enquanto observávamos o céu nocturno a ser rasgado por relâmpagos.

O barulho era imenso e a luz muito bela, afinal toda a Natureza é bela, mesmo a mais destrutiva. A chuva também caía fortemente, deixando um cheiro muito fresco no ar.

Estávamos sentadas no parapeito da janela do meu quarto a falar de OVIN’s e a ver este espectáculo, quando aconteceu algo muito surpreendente – a queda de um meteorito. A possibilidade de assistir a algo deste género durante uma vida é muito reduzida.

A festa para a qual nos estávamos a preparar (razão para a Amanda ir a minha casa) ia ter que esperar.

Quando chegamos ao jardim para presenciar tal fenómeno, percebemos que o rastro luminoso que atravessou a atmosfera inquietante da tempestade, tinha deixado uma cratera bem profunda e apesar de tudo não muito grande, pois o meteorito que estava no seu interior tinha talvez meio metro de diâmetro.

A rocha vinda do Espaço, que estava como que à espera de se fixar neste planeta, não se distinguia das outras que estavam no meu jardim.

Com tanta excitação acabámos por nos esquecer da trovoada e da chuva que a acompanhava. Como não estávamos protegidas dos trovões, regressámos a casa e vimos aquele pedacinho ínfimo do Universo a arrefecer e ser lavado pela chuva.

Após uma pesquisa pela Internet, notámos que era um meteorito aerólito e que possivelmente provinha da cintura de asteróides. Sendo um aerólito, o meteorito, não continha muito metal, logo, não chegou a atrair nenhum trovão.

No dia seguinte com o canto dos pássaros, o dia raiou limpo e calmo.

A Amanda que dormiu em minha casa, decidiu contactar as autoridades para notificar a sociedade de que tinha ocorrido a queda de um meteorito na nossa região. Concordei com ela e uma hora depois, os astrónomos, os geólogos e os jornalistas estavam no local da cratera de impacto.

Apesar de não terem retirado aquela preciosa rocha de onde estava, os cientistas registraram tudo o que podiam acerca dela, se bem que com a chuva da noite anterior, a rocha já não estava exactamente intacta e não foi possível medir a temperatura à qual se encontrava o meteorito quando embateu com o solo terrestre.

Quando vi a reportagem na televisão, com a minha amiga do lado, dei graças por ter perdido uma festa de uma noite, ganhando em troca uma recordação para toda a vida.

Lily
Enviado por Lily em 14/12/2005
Reeditado em 14/12/2005
Código do texto: T85840