FLORES QUE MATAM

      Amou como nunca, desde, a primeira vez que o viu seu coração disparou, e quanto mais passava os dias mais o amava. Ela recebera um buquê de rosas vermelhas – as flores mais bonitas e com aroma mais aprazível, segundo Amanda, que, desde os dezessete anos nutria uma paixão avassalante por Inácio. E foi ai que tudo começou.
      Ele  casado com Rita aparentemente uma relação feliz. Inácio e Amanda então iniciam um namoro, Inácio se deliciava com a jovem menina, não que sua esposa Rita fosse feia, pelo contrário muito bonita, mas ele sentia prazer em ter as duas. Porém, sempre com muito cuidado para que Rita não descobrisse.
      Amanda muitas vezes pensou em terminar a relação, mas, era tarde para voltar atrás, além de muito apaixonada ele sempre a impressionava, mantinha todas as promessas e fazia juras de amor, sempre dizendo deixar a esposa, sua última promessa foi amá-la por toda eternidade. Ela acreditava em cada palavra e fazia tudo conforme ele a orientava ninguém podia saber principalmente Rita e os pais de Amanda, assim que conseguisse a separação, Inácio a pediria em namoro e posteriormente casamento. E assim se passaram três anos.
      Rita funcionária de uma empresa multinacional foi promovida a cargo de gerente regional, com essa promoção passou a viajar a serviços da empresa  uma vez por mês, ficando ausente de casa por um período de uma semana mais ou menos. Inácio e Amanda ficaram mansos, a menina passou a mentir para os pais dizendo que ia dormir em casa de amigas, claro que passava as noites com Inácio. 
      ATÉ QUE O INESPERADO ESPERADO ACONTECEU. Amanda engravidou   Inácio ao saber a agrediu furiosamente, estérico, totalmente descontrolado disse para abortar, não havia outra saída se não o aborto  aquela gravidez acabaria com seu casamento. Amanda reagiu abortar nunca, ficou muito assustada, decepcionada com a reação de Inácio. Porque agiu dessa forma se vivia dizendo que ia se separar de Rita. 
      A partir de então Inácio mudou completamente com Amanda, já não era mais o homem carinhoso cheio de promessas, a partir daí  sempre muito frio, arrogante. Ela estava realmente conhecendo o verdadeiro Inácio?
      Amanda comunicou aos seus pais que esperava um filho, porém não revelou o pai da criança, mesmo assim eles decidiram apoiá-la. 
      Aproximava  a data do seu aniversário. Inácio ligou, queria vê-la, ele faria uma grande surpresa, tinha pensado bem e estava arrependido de te-la tratado tão mal. Abraçou-a  por longo tempo, acariciou-lhe a nuca como fizera por incontáveis vezes, dizia o amor que sentia por ela era imenso, se necessário; enfrentaria tudo e a todos para tê-la. Ela parecia não acreditar mais que isso era possível, como ela ousava pensar assim? Ele ajoelhou-se ao seu lado, retirou uma rosa vermelha do buquê arrancou suas pétalas e lançou-as ao vento, que as arrastou para o infinito: ofertou lhe o buquê. Estas rosas serão nossas as pétalas, leve-as, o vento onde for, estará para sempre aqui, no meu coração eu te amo Amanda sempre te amei e, para sempre, te amarei. Uma lágrima escorreu do rosto dela, singela e longamente ele a beijou.
      Amanda feliz, porém seu olhar triste sentiu reascender a chama. Decidiu então contar aos pais quem era o pai de seu filho. O pai decepcionado sem muito que dizer abraçou a filha. 
      Naquele dia nublado, iminente temporal,  pesadas nuvens anunciavam, chegara o dia da surpresa que Inácio havia preparado. Ao se encontrarem no local combinado, nenhum dos dois tinha pressa, passaram longo tempo se amando se acariciando. Ali, talvez, ele desejasse que tudo acabasse bem, ali, talvez, tudo estaria resolvido, dali, talvez ficassem juntos para sempre, Talvez....
      Inácio gentilmente abre a porta do carro para que Amanda saia pega-a pela mão vai até o porta malas tira a caixa grande com laço vermelho acompanhado de  um lindo buquê de rosas combinando com a fita de cetim. Amanda lentamente desfaz o laço, puxa a ponta do cartão que está entre as partes da caixa, quando de repente uma explosão. Amanda em chamas grita por socorro, lugar distante com pouco acesso de veículos ou pessoas, ninguém ouve.Tragédia consumada. Inácio sofreu queimaduras graves, porém, conseguiu sobreviver. Foi condenado á treze anos de prisão em regime fechado. 
 
 
Nota do Autor­­­­­­­­­­­­­­­­­­____ Conto baseado em história da vida real.
 

15/07/10

Rosa Righetto
Enviado por Rosa Righetto em 15/07/2010
Reeditado em 15/07/2010
Código do texto: T2379464
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