Depois daquela Noite de Hallowen

Os tempos passam, mas um símbolo nos faz lembrar o passado.No milênio passado, no dia do Hallowen, Petterson estava em sua casa,quando a campainha tocou.Foi à porta atender o chamado e ao abrir,deparou-se comum mendigo que pedia por abrigo. Recusou-se a oferecer sua casa como abrigo. O mendigo saiu desolado. Petterson fechou a porta e entrou.

Ao acordar pela manhã do dia seguinte, deparou-se com uma fivela em seu cabelo.Embaixo de seu travesseiro havia um bilhete que dizia: "se essa fivela for retirada, seu coração será para sempre como uma pedra.Não amarás mais ninguém,e se porventura for retirada no dia 31 de outubro, tudo se arruinará. Perderá seus bens e viverá à procura de pessoa,onde se transformará para sempre em um vampiro, onde viverá em busca de um único sustento para a sua vida: o sangue!"

Ao terminar a leitura daquele recado tão trágico, seguiu sua vida e tentando levá-la de uma maneira comum, até que certo dia...Saindo de sua casa deu de cara com a moça, Ela estava cheia de sacolas e como haviam se trombado, suas sacolas caíram ao chão.

- Ah moço, desculpe-me.Aqui estão suas...

A frase não pôde ser terminada, pois houve uma troca de olhares que magnetizou ambos.

- Sa-co-las! - completou a moça.

- Obrigado! - agradeceu o belo jovem.

Por fim seguiu cada um para seu destino, sem mais uma palavra.

Os tempos foram passando e num belo dia de Hallowen, houve uma festa em Santa Bárbara. Petterson, como adorava festas e não perdia uma, logo comprou seu ingresso antecipado e aguardou ansioso para que esse grande dia chegasse.

Por fim, 31 de outubro chegou e Petterson se propôs a se arrumar cedo, para que não se atrasasse, pois queria aproveitar o máximo da festa.

Às nove, Petterson já estava presente no local Santa Bárbara;na verdade estava lotado, mas isso fez com que ele se empolgasse mais.

A festa iniciou-se e a adrenalina estava à mil. Ele vestia um chapéu preto, longo casaco, calça preta e sapatos também pretos. Estava um verdadeiro vampiro. O auge da festa seria às 00:00 hrs, onde os convidados teriam encontrar um par e curtir a festa com este até o final.

Petterson foi contado as horas até que esse grande momento chegou!

- Atenção, senhoras e senhores, agora chegou o momento tão esperado!!! Encontrem seus pares!!! A regra vocês já sabem: o casal que se beijar se transformará na fantasia usada, e o feitiço só poderá ser desfeito até o próximo Hallowen, ou seja, essa pessoa se transformará e permanecerá durante humano com a fantasia que está usando. Aproveitem!!! Dancem, conversem, riam, mas não caiam na tentação de beijar alguém!!! Pelo menos não esta noite!!!

A festa rolou... Gritos, sons, rumores... Petterson foi convidado para dançar e é claro que não resistiu. Num dado momento da festa, após muitas músicas melódicas, ele a beijou.

- Por favor, tire sua máscara!! - pediu ele à moça.

Ao cair a máscara, ambos se contemplaram: era o mesmo rapaz que ela havia trombado na avenida e ela, o mesmo rosto dócil.

Havia uma química entre eles e depois daquela festa não conseguiram mais ficar um sem o outro. Ele realmente havia se apaixonado.

Os meses foram se passando... Até que determinada noite, Petterson a convidou para pousar em sua casa. Ela, imediatamente aceitou, pois também o amava. Tiveram uma noite de núpcias e nesse momento de êxtase, Helena foi deslizando sua mão sobre o corpo dele, foi subindo, acariciando seus cabelos, até que esta encontrou um objeto e tirando disse:

- O que é isso? - ele acabara de dar conta que era 31 de outubro; por não oferecer um abrigo, toda sua vida fora arruinada. Ele não teve tempo de se explicar. Seu corpo foi ficando roxeado e se transformando em pedra. Helena não sabia que reação ter e o que fazer. Ficou ali, ajoelhada diante da estátua de pedra, chorando sem parar.

Depois de muita dor, colocou o corpo de seu doce amado sob uma pedra de mármore, no quintal, o deixou e foi dormir.Deitou-se, pois aquela noite seria apenas ela.Após muito tempo,hibernou.

Às 00:00 hrs, Petterson levantou-se da pedra, foi até o espelho e este refletiu sua imagem. Ao ver-se, levou um enorme susto: o que via refletido era uns dentes afiados e bem branquinhos, olhos hipnotizados, cabelos pretos compridos e uma sede insaciável que a dominava.

Não teve outra escolha, não havia nenhuma alma perambulando pela avenida naquela madrugada. A sede foi apertando... Apertando... Entrou furioso em casa, arrombou a porta e chegou até o quarto, ao entrar, deparou-se com uma linda moça deitada na cama. Não hesitou, a sede era veraz. Com toda fúria, força e brutalidade, ele pulou sob a cama, colocou a mão na boca de Helena para que ela não gritasse e a segurou contra o tórax. Com toda força e desespero, foi sugando o sangue de seu corpo. Primeiro os teus seios, depois sua boca. Ela não suportou a dor.

O sangue escorria pela cama, Petterson fraturou o braço da doce jovem. Ao cair em si, Petterson, reconheceu o que havia feito. Desesperado, enrolou o copo dela no lençol e o enterrou em algum lugarejo.

Anos depois da morte de Helena, encontraram o braço dela. Rastros deixados por ele, dizem que ela trabalhava como recepcionista em uma Pousada. O antigo nome da Pousada, era Pousada Alpes.

Certo dia, um jardineiro cuidando do jardim, encontrou fragmentos do braços de Helena e com isso é claro, que os visitantes ao saberem do fato, não queriam mais passar os feriados naquela pousada.

Então, para encobrir o fato o nome da pousada foi modificado para Estância Alpina e desde então, partes do corpo de Helena está distribuído por alguma parte da Pousada.

Hoje, um dos monitores andando pela pousada encontrou a cabeça de Helena. E sabe onde está?

- Está bem aqui!!!

by Merari Tavares

Merari Tavares
Enviado por Merari Tavares em 30/10/2010
Reeditado em 03/11/2010
Código do texto: T2586571
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