MEU AMOR É UM VAMPIRO - Cap. 45

Depois de algum tempo Aline despertou. Estava totalmente nua, deitada ao chão em frente à lareira, aos pés de Ian que a contemplava. Sentiu, com a língua, que seus caninos estavam pontiagudos. Uma sede diferente a deixou angustiada e quando olhou para Ian, ele sorriu.

- Seja bem-vinda, Aline.

- O... que está acontecendo comigo? - perguntou ela, procurando algo para cobrir seu corpo.

- Não sinta vergonha de mim, meu amor. Agora você é totalmente minha. Seu corpo é meu, não o esconda.

Ela ficou em pé e aproximou-se de Ian, procurando abrigo nos braços dele.

- Tenho sede, Ian. Estou me sentindo estranha.

- Você é uma vampira e nós não morremos nunca. Esta sede que você sente foi a mesma que me fez sugar o seu sangue ou beber Diana até deixá-la seca. Você tem sede de sangue e tem de aprender a buscá-lo sozinha.

- Vou ter que atacar pessoas? - perguntou Aline, inocentemente.

- Ou animais - Ian apontou para um grande rato que corria pelo canto da biblioteca.

Assim que o viu, Aline saltou dos braços do seu amor e correu atrás do rato até pegá-lo. Antes que parasse para pensar, cravou seus dentes no pescoço do rato que guinchava desesperadamente, e sugou o seu sangue até o bicho silenciar. Depois, com a boca ainda pingando sangue murmurou:

- Seres humanos possuem mais sangue. Este rato não me satisfez.

Ian sorriu.

- Fiz a escolha certa. Você é a pessoa ideal para me acompanhar.

- E Verena?

- Verena nunca foi minha mulher. É um disfarce que costumamos usar toda vez que chegamos a um novo lugar. Na realidade ela é minha irmã. Verena está trazendo Rafael para nós.

- Rafael me avisou sobre você... E eu pensei que ele estivesse louco.

- Eu sei - afirmou Ian. - E é por isso que Verena o está castigando desse modo. Ela o deixará quase a morte antes de torná-lo um vampiro.

- Ele não quer ser um vampiro.

- Ele ama Verena, implora por Verena. Se não se transformar num vampiro, jamais viverá em paz. Rafael se lembrará de Verena enquanto viver e nunca conseguirá amar outra mulher.

- Nem Kassandra?

- Nem sua irmã.

Ian se aproximou de Aline e a apertou em seus braços. Sussurrando no ouvido dela, disse:

- Você vai sentir falta da sua família.

- Sim, vou mesmo - confessou Aline, de olhos fechados. - Mas eu fiz uma escolha, meu amor. E não me arrependo.

- Você pode trazê-los para nós.

- Trazê-los? Como?

- Seduza-os.

- Mas como irei fazer isto? - Aline se sentia confusa.

- Vampiros são sedutores por natureza e são poucos aqueles que resistem a nós. Você não gostaria de ter sua família próxima a você?

- Claro que sim! Mas eu não sabia ser possível.

- Tudo é possível a nós, Aline, aprenda isto. Vou lhe ensinar todos os passos...

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Patrícia da Fonseca
Enviado por Patrícia da Fonseca em 28/09/2013
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