MEU AMOR É UM VAMPIRO - Cap. 47

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Quando Kassandra chegou em casa teve a impressão de que não era ninguém. Nenhuma das pessoas presentes lhe deu atenção. Estavam todas ao redor do pastor que a recém chegara com a desoladora notícia que não havia sido encontrado rastro nenhum de Aline. Os próprios policiais que participaram da busca estavam intrigados. A impressão era que Aline simplesmente se desintegrara. Alguns policiais grampearam os dois telefones da casa na tentativa de gravarem alguma conversa, já que poderia ter havido um sequestro. E as suspeitas de Kassandra quanto a Ian se evaporaram. O telefonema de Verena para o marido e suas doces palavras acabou com a sua última esperança de encontrar Aline. Será que Ian ficaria muito abalado quando descobrisse que Aline desaparecera?

Os dias seguintes foram de pesadelo para a família. O pastor Romeu, apesar do drama, conseguia manter o controle da situação. Laura e Kassandra, contudo, não conseguiam disfarçar o desânimo e o desespero. Kassandra não se sentia em condições de frequentar as aulas da faculdade. Toda vez que pensava em comida, ficava enjoada. Aliás, o horário de refeições desapareceu junto com Aline. Ninguém mais se sentava à mesa para comer. Laura e Kassandra emagreceram muito na primeira semana e a primeira estava transformada em um farrapo humano. A falta de reação da mãe fazia com que Kassandra também fraquejasse. E Rafael fazia uma falta insuportável.

A saudade de Kassandra pelo ex-namorado era tanta que chegava a doer. Mas ela sofria pelo Rafael saudável, alegre, expansivo. Aquele que se finava em cima de uma cama não era o seu amor. Este pertencia a Verena, nunca fora dela. Várias vezes Kassandra sonhava - acordada - que a campainha tocava. Ela ia abrir, sem pretensão nenhuma, e lá estariam Aline e Rafael, alegres e sorridentes - tais quais eram antes de Ian e Verena cruzarem a vida de ambos. Se fosse mais desconfiada, poderia atribuir a desgraça da irmã e do ex-namorado àqueles dois.

Todas as noites se realizava uma missa na cidade, rezada pelo pastor e assistida por quase toda a comunidade, em intenção de Aline. Todos em Rosas estavam assustados e perplexos. A polícia não fazia progresso algum. Os bombeiros já haviam desistido de procurar Aline no rio, pois não encontraram sequer um sinal. Havia alguma possibilidade da jovem ter sido arrastada pela correnteza e então só com muita sorte seria encontrada. Porém, o pastor não perdia as esperanças jamais. Mesmo que sua mulher e sua filha se mostrassem fracas, ele parecia aguardar a volta de Aline a qualquer momento. Seus sermões nas missas que fazia pela filha mais nova eram cheios de mensagens de amor e esperança e eram muito concorridos. O pastor falava com tanta emoção, que muitas pessoas saiam chorando da igreja. Kassandra só desejava ter um pouquinho da fé do seu pai.

... continua...

Patrícia da Fonseca
Enviado por Patrícia da Fonseca em 26/10/2013
Reeditado em 26/10/2013
Código do texto: T4543316
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