Os contos do Srº Morte

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Seus pês não se mexiam, as pernas pereciam adormecidas, quase mortas, uma gota de suar nascia em seu rosto, porém, não daria tempo de escorre, o caminhão aproximava-se rápido mesmo com as rodas travadas e derrapando. Ela não estava errada, como sempre, esperou que o sinal fechasse e estava atravessando a rua pela facha de pedestres, no entanto, todos tem seu dia, e não importa que nesse dia tudo tenha sido feito de forma certa, logo, ela morreria atropelada.

Ela podia ouvir o barulho irritante e agudo das rodadas do caminhão derrapando no asfalta, “seria o ultimo barulho que ouvirei?”, ela pensou. Como seu corpo não respondida aos comandos, ela apenas fez o único movimento que lhe era permitido, fechou os olhos e sentiu o forte impacto, no ultimo instante, ele pulou em sua direção a tirando da rota mortal que se encontrava. Os dois caíram na sarjeta, ele machucou as costas, pôs fez com que ela caísse por cima, as pessoas que assistiam ficaram com um misto de alivio o impressionada.

-Não chore, ele disse, vai ficar tudo do bem, está tudo bem.

Ela não falava nada, apenas chorava de forma tímida, ainda se encontrava em estado de choque, talvez não soubesse mas a diferençar da vida e da morte, em sua mente o vazio da morte era mesclado com um fundo onde um estranho falava de forma gentil palavras reconfortantes,” estou viva? Foi um anjo?” ela pensou. Ela abriu os olhos e olhou o estranho de cabelos despenteados, olhos castanhos claros, e rosto desenhado, “será um anjo?”.

_você está bem, esta ferida? Ele perguntou com uma sincera preocupação que poderia ser vista em seus olhos trêmulos.

_sim, graças a você, obrigado, você salvou minha vida.

As pessoas em volta notaram que sangue começava a escorrer pela sarjeta e ele desmaiou. Ela ficou desesperada, levantou-se e buscou a origem do sangramento, ele havia ferido as contas ao cair na sarjeta, “tudo isso para me salvar”.

Ela foi na ambulância, ainda apresentava sintomas de estado de choque e estava muito tremula. O som da ambulância era tão agudo como o derrapar dos pneus do caminhão, ela havia recebido uma segunda chance e ela já tinha uma breve ideia de como aproveitar essa chance.

2#* * *

Ele abriu os olhos, havia luzes em um teto branco, porem, um eclipse começara, um rosto bloqueara a Luz. Não era possível distinguir, e luz o tronara sego momentaneamente, mas, percebera que era uma mulher, aos poucos a macha em sua visão foi dando lugar a um rosto pálido de cabelos longos e olhos verdes, era ela, a garota que havia salvado.

_irônico eu estar nessa cama de hospital e você ai tão bem.

Ala espantou-se com o comentário, baixou a cabeça e pediu desculpas.

-ei, eu estou brincado, fico feliz que esteja bem, eu já falei com os médicos, foi só um corte.

-mesmo?, ela sorriu de forma verdadeira, _eu tentei perguntar mas ninguém dizia nada, mal deixaram eu ficar aqui.

- eu sei como eles são, são bem chatos, nunca deixam ninguém que não seja da família ficar por perto.

-é isso, como poder ser tão chatos, os piores são os médicos, cheio de se como se fosse melhores que o resto de nos.

Ele sorriu e antes que pudesse comentar a enfermeira entrou.

_bom dia Dr Breno, sua secretaria pediu para informá-lo que suas consultas da semana foram remarcadas, e aqui esta seu prontuário como o sr solicitou.

_obrigado enfermeira Lucy.

_ desculpe-me qual o seu nome? Ele perguntou

Totalmente envergonhada ela respondeu de cabeça baixa, _ Fernanda.

_então Fernanda, eu vou só da uma checada aqui no meu prontuário, mas não se sinta rebaixada com toda a minha superioridade ta ?

_ela riu, já sabia identificar quando ele brincava,

Os dois riram por algum tempo.

_eu não sei como te agradecer.

_sábado a noite eu tenho um jantar na casa de um colega, lá estará cheio de médicos esnobes, gostaria que fosse comigo.

_Eu não sei, já te falei que detesto médicos? Mas como é a única forma de agradece-lo, eu vou sim.

_fico feliz, sábado a noite as 7;30, lembre-se, médicos superiores como eu gostam de pontualidade.

_sim vossa excelência.

Os dois riam juntos mais uma vez, e se entreolharam por um momento.

_tem certeza que o Senhor estar bem ?

_me chamando de senhor você me envelhece uns 10 anos sabia, isso não faz bem para ninguém. Mas sim, fora isso, estou bem. E não me sinto confortável em sair com alguém que me chame de senhor. Por favor, me chame de Legolas.

_kkk, seu nome não é Breno?

_queria que fosse Legolas, então me chame assim.

_bem, Legolas, tenho que ir, mas sábado a noite estarei pronta.

_bem ate sábado.

_melhoras

_obrigado

3#* * *

Sábado a noite os dois foram para o jantar, ele a apresentou apara vários amigos, a tratando como a pessoa mais importante do mundo, e meio avarias piadinhas dos amigos sobre como ele a teria salvo, os dois começaram a namorar no fim da noite. Ela dormiu na casa dele, mas não houve uma noite de amor ardente, os dois dormiram juntos se olhando apenas.

_bom dia bela adormecida.

_bela adormecida na mesma historia que Legolas, você tem muita marginação jovem médio elfo.

Pareciam amigos de infância que se apaixonaram a assim permaneceram junto até que enfim, em uma noite escura e fria, ele parecia estranho, mas ela preferiu não comentar, ambos passaram o dia sem se falar, ele por estar entranho e ela por que ele estava estranho, à noite saíram par jantar e ele disse o que ela não esperava.

Com os olhos tão tremo-los como quando a havia salvo da morte, ele estendeu a mão sobre a mesa com o punho fechados. Ela observe seu gesto. E ele falou com lagrimas nos olhos.

_Não da mais.

_o que? Os olhos dela também se encheram de lagrimas esperando pelo pior.

Ele abriu a mão e havia um lindo anel. _ a cada minuto que passo longe de você me dói não suporte ter que dormir em um dia so que seja em camas separadas, Casa comigo?

Ela riu e chorou e respondeu um grande sim levantando-se dando a volta na mesa e sentando-se em seu colo e o beijando, os dois riam e choravam, estava tudo tão perfeito. Casaram-se oito meses depois em uma pequena igreja como ela sempre sonhara. A lua de meu foi em uma pequena cidade do interior. O clima era frio e coincidira com o natal. Na noite de natal a neve caia e os dois bebia chocolate quente na varando do hotel. Ele tirou a luva. “Está louco?” ela disse, ele tocou no roto dela e falou.

_sempre fui, mas mesmo louco, nunca recusarei o prazer de tocar sua pele.

Para ela era um sonho que nunca terminaria, mas no fundo, ela nutria esse medo, de que um dia tudo pudesse acabar. Mas os dias eram cada vez mais lindos. Para ele era tudo perfeito, o único problema e que ao conhecera, também foi apresentado as intermináveis dores nas costas, produtos da fratura que sofrera na coluna, no entanto, nunca deixar transparecer as dores para ela, nem nunca revelara que era bem mais que um ferimento.

Foram dois magníficos anos juntos, ate que um fragmente de osso entupiu uma de suas artérias ocasionando uma parada cardíaca. Foi em uma roda gigante em uma noite enquanto o dois tomavam sorvete. Ela estava apavorada e sentia que havia finalmente acordado do sonho.

Agora viúva, lhe foi revelado que ao salva-la, ele fraturara a coluna e que a fratura jamais teria classificado, ele era dependentes de remédios desde então para aliviar as dores que e o risco de morte devido um fragmento de osso era eminente, mas nunca havia contado para ela.

Foi quando ela finamente veio a mim. Chorando e implorando para ter ele de volta, eu não pude toca-la nem falar com ela, esse nunca foi o meu trabalho, mas ela deveria saber que a morte é assim, eu fui bom em permitir que passassem um tempo juntos, mas ela a salvou e tirou de mim uma vida, pelas regras a vida dela era minha desde então.

Ela definitivamente não sabia que era a mim que ela recorria todas as noites quando chorava. Eu sentia que a dor dela era maior que a dor que eu condenei seu pobre marido a sofrer em troca da vida e da felicidade. Mas como sempre, meus sentimentos falaram mais alto e eu sedi aos desejos dela, dei tudo que ela queria, ela queria uma segunda chance, queria ele de volta a vida. Então o fiz.

4#* * *

Seus pês já se mexiam, as pernas já não pereciam adormecidas, tão vivas, uma gota de suar nascia em seu rosto, porém, não daria tempo de escorrer pelo seu rosto, o caminhão aproximava-se rápido mesmo com as rodas travadas e derrapando. Ela não estava errada, como sempre, esperou que o sinal fechasse e estava atravessando a rua pela facha de pedestres, no entanto, todos tem seu dia, e não importa que nesse dia tudo tenha sido feito de forma certa, logo, ela morreria atropelada.

Ela podia ouvir o barulho irritante e agudo das rodadas do caminhão derrapando no asfalta, “será um sonho?”, ela pensou, “não, é a chance que tanto pedi”. Mesmo seu corpo respondendo a todos os comandos, ela apenas fez o único movimento que seu corão permitia, olhou para o jovem que vinha em sua direção, no ultimo instante, ela deu um passo para traz continuando na rota mortal que se encontrava. O jovem passou direto e cambaleou e foi aparado por outros pedestres.

O jovem nunca entendera o motivo que levou aquela jovem a se matar de forma tão brutal, no entanto, sempre pensou que fez tudo que podia. Ele casou e teve três filhos, dou o nome do primeiro de Legolas e chamou a filha mais nova de Fernanda, o nome que veio em um sonho recorrente. No sonho, ele tinha uma esposa que tinha esse nome, porem, ele sempre acordava quando os dois entravam em uma roda gigante, sempre soado e sem ar. Morreu aos 92 anos dormindo enquanto sonhava com uma vida que jamais vivera.

Emanuel Franca
Enviado por Emanuel Franca em 19/12/2017
Reeditado em 19/12/2017
Código do texto: T6203064
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