Entre o céu e o chão - Ilusão - LXVII

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Com o correr dos dias deixamos de usar nossos nomes, apelidos carinhosos disfarçavam a nuvem que vivíamos:

- Bom dia, minha cigana! Saudade desse teu olhar enigmático.

- Nossa, meu menino, acordou inspirado, hein? Falando em inspiração conseguiu falar com Gina? Estou a espera de mais informações para continuar a nossa busca.

-Já te falei, moça, que ela sempre fala comigo; não duvide de mim nunca, tá cigana!

- Nossa, acalme-se, foi apenas uma pergunta.

- Gina está desconfiada de você, menina. Não gosta que você duvide de mim ou dela.

- Credo, você está com um olhar diferente, chega a me assustar. Pode ficar calmo, confio em você, sei que está me falando a verdade. Eh, moço, pode falar pra tua querida ficar tranquila que vou cuidar do menino dela.

- Não preciso falar nada, ela sabe de tudo e pediu pra avisar que não permite que ninguém faça sofrer o menino dela.

- Chega moço, tô ficando irritada! Chega dessa Gina resolvendo nossa vida!

- Está com ciúmes dela? Ninguém me amou mais do que ela, sabia?

- Basta! Não suporto mais essa alma penada em tudo. Fica com ela e me esquece, ela que resolva seus problemas.

Vendo-me irritada e com dor de cotovelo da assombração ele me abraçou fortemente como se soubesse que isso era capaz de sossegar meus dragões.

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 21/03/2018
Código do texto: T6286214
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