Já passava das 23 horas, Cleide havia chegado do Hospital onde passara a noite de plantão. Ela fazia parte de uma esquipe de médicos que exige dos seus pacientes internados serviços de enfermagem particular. Chegou exausta das 24 horas de serviço, tomou uma ducha, caiu na cama, seu desejo era dormir até às 17 horas, pois tinha que novamente voltar ao trabalho.
O telefone tocou após duas horas de sono, um chamado da equipe, e se não fosse perderia a chance de continuar ganhando seu complemento de renda. Esperou a colega da noite para sair, não poderia deixar o paciente sozinho, a mesma não veio, outra foi chamada, por volta das 21 horas, finalmente foi liberada.
Ligou para o hospital avisando que ainda chegaria para o plantão, relatou o ocorrido e foi trabalhar, saindo do hospital teria que passar por uma rua onde havia uma obra e as laterais cheias de tapumes, quando já estava prestes a sair da rua escura e fechada, avistou uma tocha e um homem bem no fim da rua, o coração descompassou , as pernas tremiam, pediu proteção a Deus e seguiu, na bolsa apenas uma cédula de R$ 10,00 e 2 maços de cigarro.
Quando se aproximou da figura, aquelas palavras assustadoras-passe a bolsa, abriu e mostrou o que tinha, pra sua sorte, o cara pegou os dois maços de cigarros, deu-lhe um empurrão de leve e mandou sair sem olhar pra trás, assim procedeu.
Agradeceu a Deus e foi para seu trabalho, abalada, mas ilesa. Como diz o velho ditado (quem anda com Deus não teme assombração).