CAPITULO III
Rebeca e Nando estavam exatamente no meio da subida e absolutamente descontraídos observavam extasiados a linda paisagem que se descortinava à frente deles.
Estavam eufóricos e se sentiam leves, felizes e riam sem parar. A maconha faz efeito rápido e embora não estivesse acostumada a se drogar, Rebeca fumava cigarros comuns às escondidas da mãe e sempre que ia a festinhas bebia além da conta.
Quer dizer, não era tão santinha assim. Já Nando, viciado assumido, estava tão à vontade que disse a Rebeca que gostaria de dar um grande salto em direção ao abismo e sair voando. Eles se assustaram quando o céu escureceu tão de repente , pois pensavam que era efeito da droga .
Mas não era. Grossos pingos indicavam que começava a chover forte...
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Robinho e o comparsa, subiam em passadas largas e aceleradas em direção ao ponto que imaginavam que Nando e Rebeca poderiam ter se abrigado. Ele estava furioso pois não gostava de chuva e planejava se vingar de Nando dando-lhe uns tiros nas pernas para se divertir. O comparsa magricela ria e estava ansioso para encontrar a loirinha pois segundo Robinho, ele também poderia se divertir com ela depois que o chefe, claro, tivesse usado e abusado da garota até se cansar. Afinal de contas, toda aquela chuva acabaria valendo à pena e aquela loirinha era uma delicia de mulher...
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Rebeca estava mais lúcida que Nando e apesar da pouca visibilidade pôde ver aterrorizada os dois marginais que subiam na direção de onde ela estava. Assustada tentou levantar Nando que estava quase inconsciente e deitado no chão úmido. Ela sabia que boa coisa não aconteceria se eles fossem encontrados por aqueles bandidos...
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Rosana estava super preocupada e decidiu tirar o carro da garagem para ir ao encontro do namorado. Ela tentaria convencer Fabinho a levá-la até o morro e subir com ela em busca da filha. Estava com o coração apertado como se estivesse pressentindo que alguma tragédia poderia acontecer...
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Rebeca tentou arrastar Nando para um lugar mais seguro onde pudessem se esconder dos bandidos que continuavam subindo. Nando estava completamente drogado e não dizia coisa com coisa e só balbuciava palavras incompreensíveis.
O terreno estava enlameado e escorregadio e sem que Rebeca pudesse fazer nada os dois escorregaram e deslizaram por um bom pedaço entre pedras e galhos ameaçadoramente pontiagudos. Ela não conteve os gritos de medo e dor. Nando ficara perigosamente preso por um galho de árvore à beira do precipício e com a queda estava desmaiado e respirava com dificuldade enquanto Rebeca tinha as roupas rasgadas e estava sangrando, sentindo muitas dores e tremendo de frio percebeu que Robinho e o comparsa estavam bem mais próximos...
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Robinho ouvira os gritos de Rebeca e percebeu que estava muito perto deles. Apesar da chuva que detestava esfregou as mãos e rindo para o comparsa acelerou ainda mais a subida. Mesmo com aquela chuvarada toda ele ia se deliciar com a linda loirinha. O comparsa também riu deixando a mostra os dentes podres pois, lambendo os beiços, sabia que as sobras seriam dele. Certamente, sobras deliciosas. Robinho verificou se ainda estava com a arma e impaciente acelerou o passo...
...CONTINUA...
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(...imagem google...)