O TEMPO É QUEM MANDA cap final

Prólogo

No dia seguinte, na contagem Tonhão soube de tudo que andou acontecendo de fato pela cidade. Chorou muito pois sabia que foi por culpa dele que muitos estavam sofrendo. Os cinco combinaram que não contariam a ninguém sobre a máquina do tempo. Acusações não seriam de nenhuma utilidade naquele momento. Tonhão precisava estar bem para recuperar a máquina e trazer tudo de volta. Depois de ter dormido cuidando com carinho de um dos bebês que chorava a falta de sua mãe, brincou com ele e ninou até a criança dormir. Depois ele também dormiu.

As crianças saíram como todos os dias para procurar pessoas livres sem saber que em breve não seria necessário procurá las. Mas ninguém ousou lhes dizer isto porque dar esperança sem ter certeza não seria bom. Era melhor ninguém esperar.

O grupo da Terezinha saiu mais cedo. Ela passou em casa e pegou na geladeira todos os yogurtes que a mãe havia comprado e distribuiu entre ela, a Julia e o João Lucas. Sairam pensando em ir ao hospital. Era muito longe e por isso partiram mais cedo. Lá talvez estivessem precisando deles. Mas nem imaginavam que ficariam surpresas quando chegassem lá.

Os outros ficaram pela cidade. Já haviam andado por todos os bairros e decidiram voltar pra praça que estavam quando tudo começou.

Os cinco subiram o morro e começaram os trabalhos guiados por Tonhão. Com ajuda o trabalho rendeu. Não faltou nenhuma peça. A máquina consistia em uma cabine ampla o bastante pra caber uma pessoa, que tinha um painel com diversos botões coloridos

A máquina do tempo ficou pronta em tempo récord. Não querendo esperar nem mais um minuto pra devolver a vida das pessoa,s que ele sem querer havia tirado, assim que Tonhão acabou os últimos reajustes, pediu a todos que saissem pra fora. Se acontecesse algo errado nada poderia acontecer a eles.

A máquina começou a girar ao toque de um botão verde. Uma ventania multicor se espalhou pela cidade inteira. Tudo ao redor parecia girar. Ouviu-se muitos gritos. O vento parecia puxar as pessoas e jogá-las em forma de redemoinho. A maioria desmaiou. Tudo se passou num espaço de tempo de dois minutos mas pareceu uma eternidade. Tonhão, preso na cabine quase enlouqueceu.

Quando tudo parou, Tonhão saiu da cabine e procurou os outros. Não encontrou ninguém ali. Ficou dezesperado e desceu o morro correndo. Ao chegar na rua viu pessoas voltando do trabalho e o sol na posição de 17 e 40. Pensou:

_Breve anoiteceria e tudo voltaria ao normal ou começaria tudo de novo?

Na praça as crianças brincavam de pique pega e Marcelly estava lá.

_Boa tarde! Está tudo bem?

_Boa tarde Tonhão. Claro! Tudo bem.

E a menina saiu correndo pra brincar com as outras crianças. Pedrinho capeta aterrorizava as outras crianças...

Lucy parou de repente a olhar para o sol. Marcelly perguntou a ela:

_O que foi Lucy? Porque parou de brincar?

_ É, porque parou?

_Nada, sei lá parece que ta faltando alguma coisa no sol.

_Faltando o que?

_Nada, deve ser uma bobagem minha. O sol ta quase sumindo no horizonte e a gente ta brincando ha tanto tempo.

_Vamos brincar antes que a mamãe chame a gente.

_Verdade. De que vamos brincar agora?

Tonhão sorriu e caminhou de volta a sua vida normal.

Murylo acordou cedo e abriu a janela de sua casa. Tinha tido um sonho muito interessante. Tinha um bom trabalho a propor pra seus alunos.

Os homens estavam destruindo o planeta e precisavam fazer alguma coisa pra impedir sua destruição total.

Poderiam preservar a natureza com muitas atitudes positivas. Não era preciso ser um cientista pra conseguir salvar o planeta. Queria propor a direção da escola que envolvesse os outros professores em atividades de conservação do planeta. Recolher o lixo e fazer campanhas pra evitar jogar em locais indevidos, fazer uso de depósitos especiais para colocar cada lixo em seu lugar, não queimar lixo nem florestas, Evitando assim aumentar o buraco na camade ozonio. A natureza ja tava dando seu basta. E em breve o mundo inteiro estaria conseguindo salvar nosso lindo planeta e corrigir a sujeira que os seres humanos fazem. Hoje em dia com a internet dava pra espalhar pelo mundo atitudes positivas que valiam muito mais que políticos emburrados. Tinha muitos anos de vida e sabia que tinha pelo menos um motivo para querer viver pelo menos uns dez anos ainda. Esse motivo se chamava Marcelly. Ela ainda não sabia mas um dia pretendia torná-la sua esposa. Ela faria 15 anos breve mas era seu professor e precisava esperar mais tempo.

No céu escuro e nublado da madrugada uma luz piscou no céu. Um ser de luz piscou os olhos e sorriu. Era um gesto estranho para os humanos mas ele estava sorrindo com certeza.

FIM.

Nilma Rosa Lima
Enviado por Nilma Rosa Lima em 11/04/2019
Reeditado em 11/04/2019
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