Alice no país da melancolia II

Uma mulher de alma ferida, que se sentia aprisionada a um passado que não podia mudar, incompreendida pelos familiares e pela sociedade.

Alice era o tipo da mulher “leviana” de personalidade dúbia, queria ser correta em tudo, mas não conseguia, tinha um caráter fraco e um mero aborrecimento desmoronava seus propósitos e quebrava seus votos e então agia voluptuosamente.

Com o passar do tempo, Alice era tomada de um remorso, um falso arrependimento dominava sua mente e, por conseguinte, recobrava o juízo e queria ser a mulher perfeita, irrepreensível e virtuosa e por mais difícil que parecesse, ela conseguiu “ser esta mulher" .

Mas tudo era uma encenação, uma representação vivida por Alice, que já estava entediada de sua vida, sentindo-se vazia, solitária e infeliz. Alice se condenava por seu passado e mesmo assim, não conseguia se libertar dele, ora ou outra estava caindo nas mesmas armadilhas.

Inconstância  era seu principal predicado, dizia que queria ser uma borboleta livre para sair por aí batendo asas, quando na verdade ainda era apenas uma lagartinha medíocre e desbotada  que sonhava com um mundo colorido.

Nada nem ninguém podia ajudar Alice a curar sua melancolia, porque ela mesma impedia que esta tomada de consciência acontecesse...(continua).