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Janaína , a roceira

 

 

-Janaína, moça recatada, moradora do interior mineiro, já estava contando todos os dedos dos seus membros em idade. 

- Cansada daquela sua vidinha, ir ao colégio municipal, onde cursava atrasadamente o terceiro ano do ensino médio e prestes a completar o ciclo total ou seja o ensino básico.

 

- Jana como era chamada pelos professores e colegas, andava muito insatisfeita com tudo.

- Na pequena cidadela onde morava havia um pequeno cinema e só rodava filmes baratos brasileiros de classe III.

- Mesmo assim, jana não desgrudava da tela, nem mesmo piscava.

- Ela não estava suportando aquela vida. Da Escola para casa, da casa para o cineminha e retornava para casa, onde estavam seus pais , avós, irmãs e irmãos e alguns amigo.

- Jana, juntou suas preciosas economias, foi à Rodoviária , adquiriu um  bilhete de passagem , ônibus comum.

- O destino era o RIO.

- Abandonou aquela monotonia que assolava a sua vida, resolveu mudar, largou tudo.

- Durante a viagem a sua distração foi olhar a paisagem, os postes passando, as árvores, os animais, os pássaros.

- Para ela estava tudo maravilhoso. Só de pensar nos novos ares da cidade nova, se enchia de muita alegria, mas, não sabia o que iria encontrar.

- As horas passavam depressa, mas, a cidade do seu destino ainda estava bem longe.

- Jana encostou-se na poltrona do velho ônibus, como não estava lotado, resolveu deitar-se utilizando os dois bancos, e se enrolou numa caberta de lã, pois, já estava bem frio, mesmo que não houvesse ar condicionado, mas, o tempo ainda estava frio. Deitou-se na posição fetal e lá permaneceu até a chegada.

- Na rodoviária chegou ainda na aurora do dia e se espantou com a quantidade de pessoas, circulando pelo saguão.

- Para ela, as coisas não pareciam efêmeras, gostava de coisas duradouras.

- Sonhava muito em ter relacionamento com a pessoa certa. Era tudo que queria. Porém, na sua cidadela , jamais se relacionou com alguém. 

- Janaína era uma garota, que não era bela e nem feia. Era uma mestiça, de branco com negro era mesmo parecida com sarará.

- O ônibus estacionou no box, Jana despertou do sono, desceu, deu uma espreguiçada e  voltou para pegar sua bagagem.

- Jana estava meio perdida e não sabia para onde ir, pegou sua bagagem sentou-se no banco e ficou ali observando a paisagem.

- De repente ela avista um sujeito, que vinha em sua direção e com aquelas características de um carioca. Usava brinco, cabelo tipo  rasta fari. Ele era meio moreno e se aproximou mais e mais. Jana já estava ficando preocupada, mas, estava encantada com o olhar do sujeito. Para ela, só faltava isso, encontrar o seu par perfeito. Ela pensou isto.

- O sujeito aproxima-se e verbalizou a sua palavra, e disse , e aí brother, tudo bem? na paz?   Ela responde: joia. Ele : falouuu!!!

- Ele começa a ter entrosamento com ela, passando uma certa confiança. Porém, num curto espaço de tempo, voltou a verbalizar: "eu quero amala, eu quero amala, eu quero amala. 

- Janaína, se surpreendeu e  pensou: achei meu par.

- Ele fala mais, eu quero amala, amala...

-Jana, responde: nossa! que coisas lindas voce está dizendo, eu nem sei o que dizer, estou surpresa!

- Ele: maninha eu já disse : eu quero amala , e solta logo isto aí, vamos, ligeiro. Vacilona, perdeu... perdeu ... perdeu...

-Ele agarrou sua mala e saiu correndo, pulou um alambrado e embrenhou-se numa matinha ali perto. 

- Jana, nem teve reação, pois, achava que o cara queria algo diferente, para ela amá-la era o que estava pensando.

- Mas, a mala foi-se embora com o "mala".

 

- Janaína, menina do interior de minas, ficou totalmente perdida na cidade e não tem mais nada, nem dinheiro, nem roupas, nem os perfumes, sua carteira, documentos e até as chaves do seu quarto foram dentro da mala, com o mala.

- Janaína agora está perambulando pela cidade e nem sabe o que irá encontrar pela frente.

- Pensa somente em voltar para sua casa... onde deixou amigos, pais irmãos e avós...

 

 

Abraços ej...!!!

 

 

 

 

 

Ejedib
Enviado por Ejedib em 30/11/2021
Reeditado em 30/11/2021
Código do texto: T7396885
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