O Plano
Porão de uma fábrica abandonada. (Local desconhecido).
"Trouxe vocês aqui pois tenho um assunto urgente a tratar."
Silêncio.
" Vocês sabem que eu sempre preciso de um exército reserva pra certas ocasiões. E infelizmente uma dessa ocasiões chegou."
Silêncio. O chefe apaga o charuto no cinzeiro sobre a única mesa do lugar.
"Consegui um negócio cujo o lucro é certo; trabalho fácil, deixei na mão de uma equipe mais experiente, porém descobri que não posso confiar em todos. Fontes seguras me afirmaram que após a negociação irão me executar e dividir o lucro."
Alguém engole seco. Silêncio.
"Resumindo a ópera: após a transação o traidor tentará acabar comigo e ficar com uma quantia maior para si e seus asseclas. Entretanto, ainda existem ouvidos nossos lá e preciso de vocês para o revide. Vou seguir fingindo que não sei de nada e deixar o plano seguir ... Eles chegarão com o dinheiro na garagem tal e assim que eu receber a maleta com a minha parte vão me executar."
Dos três recrutados, dois olham um para o outro apreensivos.
"Preciso de vocês em posições estratégicas, estarei de colete e fingirei um sorriso ao ver a grana, porém na hora que o desgraçado fizer o gesto que dá a ordem: (segue a ficha anexa); apaguem todos. Menos o Klimt e o o Mozart, eles são nossas fontes. Há sub-metralhadoras carregadas sob os bancos dos carros estacionados aqui ao lado. Logo receberão as chaves. Ganharemos mais e o trabalho sujo vai cair na mão deles como uma negociação que deu errado. Alguma pergunta?"
Silêncio.
"Contatem a Svetlana caso precisem de maiores detalhes ou em caso de dúvida. Se alguma coisa der errado nós nunca nos conhecemos. Até amanhã."