Pedrinho

(Um grande beijo a todos que dividem com os amantes do conto de terror, seus devaneios assombrosos.

Kely)

Pedrinho adorava a bicicleta nova que ganhou de Natal, vivia com ela o tempo todo o dia inteiro, seus pais chegaram até mesmo a ficar preocupados com tanto apego por um brinquedo, mas a vida naquela cidade era muito difícil quase não se encontravam crianças da idade de Pedrinho e ele não tinha muitos amigos com quem brincar.

Todas as tardes Pedrinho saia passeando pelo bosque próximo de sua casa com sua bicicleta, mas não sem antes prometer aos pais que tomaria muito cuidado por onde andasse e que voltaria para casa antes de escurecer. Num desses passeios Pedrinho conheceu uma senhora muito idosa e que parecia ser muito gentil, ela estava sentada próximo a uma velha figueira e tinha uma bela cesta de maças ao seu lado. Depois de muito conversar com menino, senhora gentilmente tira uma linda maça da cesta, ela insistiu que Pedrinho aceitasse aquela fruta, como um presente por ser tão bom menino, Pedrinho educadamente recusou o presente e se apressa em ir embora, pois já estava escurecendo. A doce velhinha então pede ao menino que prometesse voltar no dia seguinte, pois tinha gostado muito de conversar com ele.

E assim os dias foram se passando, Pedrinho agora passava as tardes a conversar com a gentil senhora tinha até mesmo se esquecido um pouco da bela bicicleta que ganhará de presente de Natal, ele chegava cada dia mais tarde em casa, não era mais tão atencioso e carinho com os pais, Pedrinho mudara parecia sobre o efeito de algum feitiço malévolo ou coisa parecida.

Um dia Pedrinho não voltou para casa à noitinha como sempre costumava fazer, seus pais desesperados procuraram o menino por todo o bosque, durante toda a noite juntamente com seus vizinhos e amigos. Pedrinho nunca mais foi visto seus pais desgostosos com tanto sofrimento mudaram daquela cidade para bem longe, tentando esquecer um pouco a dor e o sofrimento do desaparecimento do filho e se livrarem da culpa por terem sido tão negligentes por tanto tempo, sem tentar saber por seu filho tinha mudado tanto.

Quem passa perto aquela figueira, hoje velha e maltratada pelo tempo ao anoitecer jura ouvir a campainha de uma bicicleta e um riso tétrico de uma velha que parece ecoar por todo o bosque.

Selva
Enviado por Selva em 04/01/2007
Reeditado em 13/04/2009
Código do texto: T336250
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