Diário DyeR - Página 02

"..Os ventos mornos do verão enlouquecem cada um daqueles que interiormente buscam o frio intenso e nada mais.."

Eu odeio o sol, e talvez não exista nenhuma verdade mais real em minha vida trágica. Odeio o calor, odeio a luz, odeio os ventos quentes, odeio praia, odeio pele queimada, odeio corpo suado, odeio pessoas que tem a pouca vergonha de andar por aí com um odor mais pútrido que o de um cadáver em decomposição... Sim, tenho vontade de jogá-los no lixo!

Quando algo é ruim, mas você é obrigada a suportá-lo, então um tipo diferente de inferno se instala na sua vida. Sua paz é roubada de você e não importa o quanto tente, aquilo jamais mudará. O sol é isso pra mim, inferno. Graças a ele vejo as expressões estampadas nos rostos, nos olhos que me desprezam por ter escolhido ser diferente.

Os meus dois motivos hoje para detestar a minha vida são:

Viver em um planeta que caminha para um clima cada vez mais quente, mais iluminado e estar rodeada de pessoas... sim pessoas. Seu eu pudesse ter um mundo apenas para mim, assim seria. Uma paz eterna a qual eu anseio por alcançar.

Todos os dias após o por do sol, sento na varanda de casa e consigo jogar fora o meu primeiro sorriso do dia. É a hora mais escura, onde os demônios em mim finalmente poderão dançar a sua valsa, a valsa da morte, a valsa da solidão. Todos os rostos se curvarão diante do meu olhar vazio. Meus dias são exaustivos, mas as minhas noites extremamente confortáveis.

Na faculdade o mesmo de sempre... olhares vazios para a garota "diferentona" do fundão que não conversa com ninguém. Ah, e um bando de falsos amigos tentando me atrair para a "trap" da dor...

Não caio nessa novamente...

E eu vou contar logo mais o motivo de jamais permitir qualquer tipo de amizade em minha vida outra vez.

Elisabeth Dyer
Enviado por Elisabeth Dyer em 13/03/2018
Reeditado em 25/10/2018
Código do texto: T6278915
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