Diário DyeR - Página 05

Eu sou uma sobrevivente, embora precise urgentemente morrer

Eu adoro estar viva, mesmo que eu odeie viver

Eu sou um cemitério e não um jardim

Detesto flores, amo a destruição

Amo as guerras, o sangue

A espada penetrando o coração

O fogo, queimando todos aqueles humanos idiotas

Eu sofri e sobrevivi sem reclamar

Porque eles merecem ser mais felizes do que eu?

O mundo precisa ser ruim para todos

Rosa e branco? Ridiculo

Red & Black? Are perfect

O vermelho é a cor que marca a minha vida e marca o dia que eu nasci, que eu acordei e vi como o mundo era

O preto representa o grande buraco que tenho onde deveria ser o coração

E você nunca verá, nunca mesmo, jamais, Elisabeth Dyer vestindo outras cores. Se isso acontecer por favor me procure, pois eu devo ter sido abduzida ou substituída por um clone idiota que está tentando roubar a minha vida de merda.

Você já se machucou feio na vida? Já teve o prazer de ver o próprio sangue derramar como se fosse acabar? Já experimentou o gosto do seu próprio sangue?

Posso dizer que tem gosto de ferro. O seu sangue provavelmente não vai te agradar. Mas eu te desafio a experimentar o de outra pessoa, uma dose bem grande, um copo ou beber direto da fonte. Um corte preciso em uma das artérias é suficiente para entender do que estou falando.

É uma bebida quente e doce, melhor do que todos os vinhos que já provei antes.

Mas você provavelmente deve estar se perguntando: "quem?"

Vários, acredite. Mas o primeiro gole que provei na vida foi uma pequena retribuição ao apelido "Elisabeth degolada".

Sim, eu precisava disso para conseguir seguir em frente

E se vocês acham que seguir em frente é superar a dor e esquecer o que aconteceu, lamento mas não funciona por muito tempo. Até que você cause a mesma dor que te causaram, esse sentimento e essa dor jamais irá te abandonar. Até que você conheça o prazer da libertação por meio da tragédia e do sofrimento de quem te feriu, não irá sorrir verdadeiramente.

E antes que você pergunte, eu não sou alguém ruim. Antes que me ache louca eu te desafio a ler toda a minha história até o ultimo dia. Depois disso eu permito que me odeie, mas garanto, de nada serve o ódio alheio a um cadáver. Eu detesto me imaginar assim, má. Eu apenas coloco os porcos em seu devido lugar e lhes ensino como a vida na verdade é rude.

Eu não fiquei assim por causa do que aconteceu 10 anos atrás. Muitas outras coisas aconteceram. E como eu disse na primeira página, esses textos não são para contar a minha história, mas para mostrar a todos, de uma vez por todas, o que o mundo é e como ele na verdade funciona. Sem as suas máscaras, sem à sua babaca esperança de dias melhores.

Tudo vai piorar, cada dia mais. E se você não estiver pronto, então será o seu sangue ao por do sol.

Elisabeth Dyer
Enviado por Elisabeth Dyer em 19/03/2018
Código do texto: T6284812
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.