Para minha querida amiga Esther Lessa - um conto sobre reencarnação
História de Fantasma – Clts 05

                  

                                       
                                        PRIMEIRO LUGAR


 
SANTA BÁRBARA
*****
Das coisas que me lembro, do tempo em que trabalhei em Santa Bárbara, nada me abalou mais do que a terrível história de Esther, e das implicações decorrentes por tomar conhecimento destes fatos.

Na época eu era médica no hospital psiquiátrico da cidade, construído em um penhasco que se inclinava sobre o mar. Era uma construção antiga com paredes de tijolo duplo, que, como soube posteriormente, antes de ser transformado em hospital, havia sido um mosteiro jesuíta.

A vista que tínhamos da enfermaria feminina era um espetáculo, e, por isso mesmo, sempre abríamos os folhos das suas largas janelas para que as nossas pacientes, e nós mesmas pudéssemos aproveitar a paisagem azul que se estendia à nossa frente.

Em alguns dias era possível ver, na rocha projetada sobre o abismo, uma moça de longos cabelos repartidos em bandós, loiros e lisos como os meus. Ela sempre vinha com o mesmo vestido marfim e os pés descalços. Sentava por alguns minutos, mirando o oceano lá embaixo, e partia em seguida.

Nunca falava, nunca voltava os olhos para nós. Parecia estar completamente abstraída do mundo real, envolta em pensamentos e lembranças, enquanto o sol caminhava em direção ao horizonte.



Sua presença intermitente naquele cenário, nos levava a estar àquela hora olhando para a rocha onde ela passava, expectantes, ansiosas. Quando vinha, ficávamos esperando que olhasse para trás, e pudéssemos divisar seus traços.

Certa tarde, enquanto estava sentada na pedra observando o oceano, deixou escorregar do pescoço uma pequena e cintilante joia, para em seguida segurá-la entre seus longos dedos, com carinho.

Ficou parada por alguns momentos depois se levantou e saiu dali. Logo que se afastou, partimos na direção do objeto, eu e as enfermeiras, pois a curiosidade nos picava.

Com muito esforço chegamos ao local. Tratava-se, a joia, de um berloque prateado que pendia de um colar. Um coração com um fecho quebrado, que, ao ser aberto, mostrava em uma de suas faces a imagem de um garoto pequeno e sozinho.


No outro dia, no horário de costume, corremos todas até a janela, espreitando a chegada da nossa dama misteriosa. Naquela tarde, assim como nas seguintes, ela não apareceu.
Logo depois recebi um convite para assumir um posto no morgue da cidade, e acabei partindo com promessas das outras garotas de que nos encontraríamos após a primeira missa de todos os sábados.

Sempre que as via, perguntava pela nossa personagem, e sempre recebia delas a mesma resposta: nunca mais apareceu...

 
MORGUE          
*****
No novo trabalho éramos poucos funcionários e havia um número reduzido de legistas, mas os auxiliares eram muito bons e se empenhavam em ajudar. A cidade era pequena e a violência era algo raro. O expediente era tranquilo e nunca ficávamos além do horário normal. No entanto, no fim do primeiro ano após minha chegada, ocorreu um terrível acidente com o ónibus de um grupo de escoteiros e vários corpos deram entrada.

Durante a faculdade de medicina é comum vermos cadáveres de pessoas das mais variadas faixas etárias, mas nada o prepara para encontrar crianças aos pedaços, e ter que identificar pela cor da pele, pela roupa, e pelo tamanho dos membros, a quem pertence cada pedaço. Era domingo e ficamos nesta infeliz tarefa por todo o dia. A maioria das pessoas já havia ido para casa e os móveis nos corredores vazios projetavam sombras assustadoras. Queria sair de lá também o mais breve possível e fui chamar o porteiro para que trancasse todas os acessos, mas a cadeira onde costumava sentar estava vazia. Voltei para pegar as cópias que estavam na sala da refrigeração.

Quando estava quase lá, ouvi o ruído leve do farfalhar de lençóis sobre a cama.  Como estava sozinha, imaginei que alguém havia esquecido a janela aberta e entrei para fechar. Um vento gelado levantava os lençóis das macas, felizmente vazias. Quando peguei as bandas da janela para uni-las e passar a tranca, vi, de súbito, uma imagem que não estava lá.

Um vulto de cabelos esvoaçantes e rosto oculto pelas sombras surgiu a poucos metros de mim. Os contornos de seus lábios sussurravam alguma coisa, e a criatura apontava para algo dentro do quarto. Virei na direção indicada. Na maca, outrora vazia, pedaços sangrentos de uma criança se retorciam. Senti uma forte vertigem, mas ainda tive tempo de ver os lábios roxos do menino morto se mexerem para pronunciar uma única palavra:

- Mãe!

Então perdi os sentidos.

Quando acordei o corpo da criança havia desaparecido e naquela sala não havia janela alguma, mas um grande e antigo espelho.



SANTA LUZIA
*****
- Vamos brincar de esconder? Eu conto e você se esconde, está bem?

Esther fechava os olhos encostada numa árvore, enquanto Pedro corria. O menino gostava de andar por ali com a mãe durante as tardes compridas antes do jantar.

- Estou indo!

Pedro ria baixinho. A mãe sabia de todos os esconderijos, mas desta vez não iria encontrá-lo, desta vez, não...

Sempre que o marido bebia, Esther levava o filho para a floresta. Ficava com ele por lá, fingindo para a criança que era uma brincadeira até que o marido dormisse. Foram tantas as vezes que precisou fazer uso deste recurso, que julgava já conhecer cada metro daquele lugar.

A floresta se estendia por toda a serra do Mosteiro de Santa Luzia. Ali também haviam poucas famílias, em casas isoladas, uma delas a casa onde morava com a família.


ESPELHOS
*****

Abri os olhos no dia seguinte ainda abalada pelas visões que tive. Pensei em pedir dispensa mas havia realmente muito trabalho a ser feito.

Quando cheguei à sala refrigerada, abri todas as geladeiras, olhei todos os corpos e nenhum deles correspondia aos traços do garoto da noite anterior. No fim daquele longo dia eu tinha certeza de que havia sido vítima de alucinações.

Antes de ir embora resolvi tomar um banho. O único banheiro com chuveiro ficava no sótão, um lugar que todos evitavam porque lá ficavam arquivos e velharias cheias de poeira. Terminei, me vesti, e fui me pentear de frente para o espelho. A lâmpada que pendia de um fio saído do teto oscilou, e por um segundo fiquei no escuro. Quando piscou e acendeu novamente tive um enorme susto: eu vi meu reflexo. Mas a imagem na superfície do espelho estava de costas para mim!

Desci as escadas correndo, peguei meu carro e fui o mais rápido que pude para casa. Minha respiração só  normalizou quando cheguei à segurança do meu quarto. Dormi quase que imediatamente, e acordei com aquela sensação de que não havia dormido um minuto sequer.

Percebi que ainda estava escuro, fui andando até o lugar onde havia colocado meu telefone para ver a hora, no caminho ouvi uma série de pancadas fortes. Olhei para o espelho na parede e vi uma criança assustada olhando para mim, era exatamente a mesma criança do pequeno coração de prata.

Acordei coberta de suor. Afinal tudo havia sido um terrível pesadelo.

ESTHER
*****
Esther achou que era seu dia de sorte quando aquele homem entrou pela porta do orfanato procurando uma menina para levar. Não se lembrava desde quando morava ali, mas sabia que a hora de ter que viver por sua própria conta estava chegando.

Assistiu outras crianças, menores, maiores, meninas e meninos, irem embora escolhidos pela vida, enquanto ela ia ficando sozinha na vastidão do dormitório. Do jeito que iam, vinham outros. Aprendeu a não fazer amizades para não sofrer, mas chorava cada vez que uma criança partia dali com uma nova família – uma mistura de inveja e saudade.

No mês seguinte faria dezoito anos e o Estado deixaria de ter obrigação com a sua sobrevivência, por isso não hesitou em acompanhar o estranho de poucas palavras.

Levaram o dia inteiro para subir até o alto da serra. Durante todo o trajeto apenas se ouvia o relincho dos cavalos, protestando pelo esforço da escalada.

Do alto dava para avistar as ruínas do mosteiro e a rocha que parecia querer se jogar no oceano lá embaixo. Lindo e assustador.

Esther descobriu, na primeira noite que passou ali, o verdadeiro propósito de ter sido levada. Chorou mais por saber que nunca teria um pai do que pela dor da violação.

Naquela mesma semana, soube que era prudente sair de casa quando a aguardente entrava. Nem sempre conseguia ser mais rápida do que ele, então rezava enquanto os punhos do homem investiam contra seu corpo.

Quando descobriu que estava grávida, Esther se desesperou. Foi para a floresta em busca de ervas que a livrassem da semente do monstro, mas acabou desistindo. Já sentia carinho pela criança, sua única família nesta vida.


RESGATE            
*****
O rosto do menino não me saía do pensamento. Seu semblante desesperado olhando para mim, esperando que eu fizesse alguma coisa, me agoniava. O meu esgotamento foi percebido pelo meu chefe, que me chamou para conversarmos.

- Cecília, o que está acontecendo? Estou te achando muito tensa, abatida...

- Ando tendo pesadelos, chefe.

- Olha, conheço uma menina, excelente profissional... Ela trabalha com hipnose, dizem que é bom para entender pesadelos, quer experimentar?

Normalmente eu não levaria a sério uma proposta como essa, mas depois das coisas loucas que vinham acontecendo em minha vida, acabei aceitando e indo ao consultório.

....

Deitei sobre o divã macio e esperei. A penumbra favorecia o relaxamento.

- Feche os olhos, vou contar até três e você vai sentir suas pálpebras pesando...

O sono atrasado de dias encontrou aconchego entre os travesseiros da terapeuta e fui me deixando mergulhar naquele oceano de lembranças que não eram minhas.

Primeiro ouvi a música. Depois a névoa densa e as crianças brincando de ciranda. Olhei a minha volta tentando me localizar, então vi o prédio. Eu conhecia aquele lugar. Onde estava? Quem eram aquelas pessoas? Olhei para a inscrição na porta. Tentei ler. As letras tremiam, se desmanchavam.

Uma mulher saiu pela porta.

- Entre, vamos!

Já havia estado várias vezes naquela casa, mas não conseguia me concentrar. Não lembrava o que fazia por ali...

Sentada atrás da mesa, a freira falava alguma coisa que eu não conseguia entender. Senti uma tontura forte. Baixei a cabeça para vomitar. Olhei para a foto das internas e tive uma terrível revelação. As lembranças voltavam me deixando doente. Levantei para sair dali e a náusea aumentou. Fui até o banheiro para jogar um pouco de água na cabeça. Meu rosto no espelho confirmou o que acabara de descobrir. Gritei. Uma mão tocou meu braço com delicadeza.

- Acorde, Cecilia, acorde... Vou contar até três e você vai acordar...

ESCURIDÃO
*****

Daniel encontrou um lugar no meio do bosque. Abriu o embornal e de dentro retirou a garrafa. Bebeu um trago longo. Pegou o machado com destreza; habilidade adquirida de muito treino e pela força do sangue. Exercia a mesma profissão que o pai, o avô, e até onde sabia, a de todos os homens da família.
 
Aprendera muita coisa com o pai. Agora deveria fazer o mesmo com o filho. Sim, ia fazer o filho o que o pai fizera dele – um macho de verdade. O problema era a mulher. Pensava que pegando uma daquelas meninas sem família seria fácil moldá-la como se devia. Queria pegar uma mais nova: treze, catorze anos. Mas descobriu que só poderia levar a mais velha. Aceitou.
 
Não estava muito satisfeito com a escolha. A moça era muito branca, sem sangue, parecia fraca. Vez por outra fazia alguma besteira e era necessário ensinar. Pensava em devolver, mas, pelo que havia entendido, não era possível. Não colocava fé de que um dia ela fosse engravidar, mas, afinal ela acabara dando o filho que ele tanto queria.
 
Daniel fez uma pausa nas surras durante a gravidez e depois que o filho nasceu. Esther precisava de tranquilidade e saúde para amamentar o menino.
 
Quando o filho fez dois anos, surpreendeu a esposa com o convite para irem à cidade. Passearam, comeram no restaurante, compraram badulaques na feirinha. No fim da tarde, Daniel os levou para que tirassem fotos. O brinde era uma pequena joia em forma de coração, para dentro colocar a imagem que o freguês escolhesse. Esther escolheu a foto do filho.
 
 

O ESCONDERIJO DE PEDRO
 
*****
 
Daniel amava o filho. Tinha planos para o garoto. Era seu sangue, seu legado, sua aposta. O menino seria um forte, como todos os homens de sua família. Criaria o filho como o pai o havia criado. Era o certo.
 
Olhou para Esther ceando a sopa com o menino. Pedro tinha adoração pela mãe. Aquilo o incomodava. O menino estava em seus planos futuros, a mulher, não.
 
Fazia tempo que vinha pensando em se livrar dela. Ali no meio do nada, ninguém daria pelo sumiço. O filho já estava perto dos seis anos, não precisava mais dos cuidados da mãe.
 
Esther olhava para o filho. Sentia que precisava fazer algo. Nos últimos tempos o marido bebia com mais frequência, aumentado o número das surras. A garrafa de aguardente dentro do embornal do marido era a senha para se esconder. Sabia onde ele cortava a lenha, ia sempre para o lado oposto da mata, perto das ruínas.
 
Brincavam de esconder. A moça acreditava que lá estariam seguros. Bastava que se mantivessem longe do mosteiro e do abismo.
 
Eram tantas as tardes de brincadeiras que o menino queria usar outros esconderijos,  a mãe já o encontrava em todos. Há algumas semanas Pedro havia descoberto o alçapão. Ninguém conhecia aquele porão porque estava coberto pelas plantas. Sempre que podia ia para o compartimento oculto, fascinado por aquele novo mundo, só dele.
 
Naquela tarde, Pedro correu para se esconder lá. Não podia contar para a sua mãe, ela brigaria. Desceu com cuidado pelos degraus que estalavam sob seus pés. Lá embaixo, velhos móveis dormiam sob a grossa poeira dos segredos esquecidos. A luz entrava em finos traços, iluminando debilmente o aposento. Embaixo de um véu vermelho, o objeto de sua preferência – O espelho mágico.

 
- TRINTA E UM, LÁ VOU EU!
 
*****
 
Esther passou toda a manhã angustiada. Preparou o farnel do marido, amarrou com panos. Pegou a garrafa de aguardente pela metade e a escondeu no fundo do pote d’água. Esperou que ele saísse carregando os apetrechos de trabalho e o almoço. Pegou a escadinha e a encostou na beirada do telhado. Colocou lá duas trouxas de roupa, e as fotografias da família. Fugiria enquanto o marido estivesse dormindo. Apenas mais um dia e estaria livre.
 
Na parte da tarde, perto da hora do marido chegar, pegou o filho para brincarem de esconder uma última vez.
 
Eram duas horas da tarde ainda, mas Daniel já estava se sentindo esgotado. Precisava de um trago e a garrafa havia sumido. No dia seguinte, quando descesse para a vila, compraria logo três outras...
 
Percebeu que não adiantava gritar para que a mulher trouxesse água, Esther havia saído com o menino. Levantou a contragosto e enfiou a caneca no fundo do pote. Assustou-se quando o copo bateu no vidro da garrafa, meteu a mão lá e a retirou. Não demorou dez segundos para imaginar como a sua aguardente havia parado lá.
 
Na floresta Esther procurava o filho. Pedrinho não estava em nenhum dos lugares em que costumava se esconder. Depois de dez minutos olhando para todos os lados, começou a gritar pelo filho.
 
Daniel desistiu de esperar a mulher. Sabia onde ela e o menino iam quando ele bebia. Também já havia visto as trouxas com as roupas dos dois na beirada do telhado. Riu disso. Ela até poderia ir embora, mas Pedro ia ficar com ele.
 
Pedro não conseguia ouvir a mãe. Do outro lado do espelho, sentada em uma poltrona, uma pessoa falava com ele.
 
Daniel seguiu pela floresta adentro, orientando-se pelos gritos da esposa. À medida que se aproximava mais aumentava o seu aborrecimento.
 
- Desleixada, deixou o menino se perder! – Falou, agarrando a mulher pelo braço.
 


 

O MUNDO AO CONTRÁRIO
 
*****
Assim que cheguei em casa corri até o porta-joias. Ele estava lá. Escondido debaixo de brincos, pulseiras, caixinhas de veludo, encontrei o pequeno relicário. Toquei a joia com carinho. Sabia quem era aquela criança. Sabia quem eu era. Precisava fazer alguma coisa.

Apaguei as luzes da casa, abri a janela, puxei a poltrona para a frente do espelho e esperei.

Afinal, Pedro apareceu. Coloquei a mão sobre o espelho e, com gestos, instruí para que ele fizesse o mesmo. Não deu certo. Era frustrante. Sabia que precisava entrar ali para conseguir evitar uma tragédia.

Os gritos de Esther atraíram a atenção do menino. Eram os gritos de sua mãe lá em cima. Pedro largou o espelho e subiu o mais rápido de conseguiu, mas quando pisou no penúltimo degrau a madeira podre cedeu, e ele caiu no chão quebrando a perna direita.

Tentou se levantar, mas não conseguia, gritou pela mãe mas ninguém o ouviu do lado de fora. Nem mesmo sabiam que ele estava ali ou que aquele compartimento debaixo do chão sequer existia.

Eu não precisava entrar naquele espelho, e subir à superfície para saber exatamente o que havia acontecido. Daniel matou a esposa e a lançou da rocha do precipício com aquele mesmo vestido marfim com o qual eu a via da janela do hospital.


Pedro nunca foi encontrado. Mas também jamais saí do seu lado. Ele me via como eu realmente era - o monstro que ele amava. Não consegui atravessar o espelho para salvá-lo. Resolvi que não ia mais sair de casa. Quando Pedro dormia, eu aproveitava para tomar banho e me alimentar. Fiquei ali enquanto ele teve vida, tentando, de todas as formas, lhe dar algum consolo enquanto a fome, a sede, a dor e a tristeza o faziam definhar a cada minuto.

Até que três dias depois, sem água ou comida, ele não suportou mais e se foi. Lembro das últimas palavras que disse para mim, com grande esforço, antes de fechar os olhos para sempre:

- Não bate mais na mamãe, papai...
 


TEMA: ESPELHOS




Um mimo da muitíssimo querida Cristina Gaspar: Obrigada, maravilhosa!




No espelho do retrocesso
Vitórias e reveses duelam
Tudo faz parte d'um processo
Onde certo e errado se nivelam

 Se enxergar de verdade é um fato
Um desafio que nem sempre tem alegria
Cada instante requer um diferente trato
Pode nos consumir como um verso sem poesia

Diversos são os confrontos diários
Muita força interior precisamos ter
Passado presente e futuros vários
Viver as emoções que vão aparecer

Mergulhar na realidade pode nos corroer
Por outras faz refletir e nos fortalece
Não complicar a vida é a arte de bem viver
Se for para sofrer 'sensateie' e nem comece