Vou de táxi - DTRL 35 - Fan fiction

Hari estava em uma parada de ônibus desativada. O cubo de tijolos sumia no meio do capim que cresceu ao redor. A lua iluminava imitando o sol. A geada deixava branco todo o cenário, no ar era visto uma garoa fina. Ele usava japona, e abaixo desta ele havia colocado três casacos para suportar o frio daquela madrugada.

Retirou do bolso o celular e conferiu as últimas mensagens que havia trocado com o taxista. Ele decidiu fazer uma viagem atravessando o estado, e essa viagem deveria ser feito de táxi. Era uma homenagem ao seu pai que trabalhou na praça durante anos. Estava no meio do caminho, e esse era o sexto veículo que o auxiliava nesse objetivo.

O carro estacionou na frente da parada. O motorista abriu a porta e se apresentou a ele :

- Tudo bem, sou Valdemar. O senhor precisa de ajuda com as malas?

A única mala que tinha era uma lancheira de criança com desenhos que remetiam a magia e mágicos. Valdemar achou estranho , mas não comentou.

Hari entrou no veículo e disse o seu destino.

- Eu quero ir para Saturno. - Saturno era um vilarejo que ficava nos limites da cidade. Depois entregou um papel amassado contendo os outros detalhes do endereço, o número e rua.

- Tudo bem. - Foi a resposta.

O homem careca e com o nariz comido por um câncer curado engatou a marcha e iniciou a viagem em direção ao destino indicado.

**

Chegando no endereço indicado o que Valdemar viu foi uma casa abandonada. Não era seu costume questionar os seus passageiros e não o fez.

- Chegamos. - Disse ele.

O adolescente balançou a cabeça positivamente.

O careca olhou para o taxímetro e deu o preço da corrida.

- O valor é de cinquenta reais.

Hari o entregou um masso de notas de dois reais, e disse:

- Não sei se o valor que eu lhe dei está certo.

O taxista começou a contar as notas até chegar ao valor correto. Nesse momento Hari abriu a lancheira e retirou de dentro uma pistola com silenciador.

Pelo espelho do carro o senhor do nariz carcomido viu aquilo e se virou para trás com a intenção de se defender. Não adiantou nada, o taxista levou vários tiros na cabeça.

O rapaz limpou a arma e depois colocou novamente na caixeta de plástico ilustrada por figuras infantis.

**

No passado.

Hari com seus seis anos de idade brincava de faz de contas, ele sentado ao chão imitava um mágico que havia assistido na TV. A sua concentração foi interrompida quando escutou um estrondo, uma batida forte na porta de sua casa. A sua mãe que estava lavando a louça, atravessou o cômodo correndo e secando as mãos.

Abriu a porta, era o taxista, pai de Hari. Entrou cambaleado.

- Bebeu de novo? - Disse a esposa.

- Cala a boca, vagabunda. - empurrou-a com tanta força que bateu a cabeça quando seu corpo alcançou o chão.

Cambaleou em direção a criança resmungando: - Esse garoto brincado com essas besteiras. Você tem que virar homem.

Caiu de joelhos sobre o garoto e começou a agredi-lo. Socou a cabeça do menino no chão diversas vezes. Depois , levantou e foi para o quarto.

Choramingando Hari limpou o sangue que escorria de sua boca:

- Vou te matar. - Uma mistura de cochicho e resmungo para que o agressor não escutasse.

Hari não cumpriu essa promessa , pois a cirrose fez isso por ele.

Temas: Viagem de Carro, Inverno.

FAnfic: harry potter e voldemort

Juliano Marques
Enviado por Juliano Marques em 06/06/2019
Reeditado em 17/06/2019
Código do texto: T6666342
Classificação de conteúdo: seguro
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