Iluminado

Ele estava introduzindo um conceito filosófico que homenageava a alcova! Ah, Serguei! Ah, Serguei! Os sofrimentos da virtude não dão conta de alinharem-se às invectivas de tamanho empreendimento intelectual! Mas, sede justo. Façamos aquele esforço indelével, natural do mais entibiado homem e, sigamos!

Serguei, a margem, colhendo seixos, e os arremessando, pensava, como é muito fácil pensar:

"Até vou neste atrevimento, sim! E, resolvo por ele é agora! Ou, que explicação darei ao tempo que cobra urgência, mas não estica a corda do imediato?"

E, logo refletiu, arremessou a última pedrinha, pisou firme, Serguei, mandou-se.

Chegando, viu um cenário incréu. Aquele dono de elucubrações desarrazoadas. Onde o palavrório é Lei.

Iracundo , protestou , Serguei! "E, como vou-lhes aproveitar o que filosofia tão elevada pode, se te banham na miséria da existência?!"

O silêncio riu de Serguei. Serguei mergulhou em beligerância. Viu da alma sair luz que cegava.

Serguei subiu. E, Serguei sumiu.

Olha lá que ninguém entendeu.

Mas, viu.

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