PATUNGA - CLTS 14

Tema: folclore

Viviam, aos pés da colina Patunga, os excêntricos nativos chamados tangaika, no tempo que o homem branco sequer imaginava a existência dessa terra. Firmavam sociedade às margens do rio Wama, este oferecia peixes e um solo propício à agricultura – ainda rudimentar.

Este rio, porém, não era perene e secava em determinados momentos do ano, ocasionando a aridez do solo e a escassez dos vegetais e peixes. A forma que encontraram de reverter a situação foi sacrificando almas à deusa Whaea, dona das águas.

Os tangaika, para isso, subiam em procissão à colina com um indivíduo de uma etnia inimiga – potiguaras, tabajaras etc – ou até mesmo malfeitores da própria civilização. Lá entregavam o sujeito quase morto e era, assim, levado pela água da própria nascente até a foz do rio, onde o ser espiritual de Wama, o monstro Ikawai, devorava-o por inteiro.

Ikawai era o colossal peixe que surgia pela força da deusa na hora da oferta, tinha cores esverdeadas e barbatanas douradas, três olhos brilhantes e enormes dentes. Muito temido pelos nativos. Mas era ele quem trazia de volta a abundância de Wama, devolvendo os níveis hídricos ao rio que, consequentemente, causavam a fertilidade e prosperidade da região.

Os tangaika levavam muito a sério o credo nesses seres e, em razão disto, eram uma civilização quase que teocrática. Os elementos da fé eram cultuados com máximo respeito em festas, ritos e artefatos. A festa mais importante era Patiwha (festa da mãe), a qual louvava Whaea.

A festança era celebrada por uma semana inteira. Cada dia os pajés e caciques se reuniam em Patunga para a prática do xamanismo em ritos específicos. O último dia da semana, contudo, era uma celebração geral, pois contava com a presença da deusa incorporada em uma mulher escolhida pela própria.

No fatídico ano, Kangagá foi a escolhida...

Mulher antiga e respeitada pelo povo, pois possuía saberes xamânicos – o que era um absurdo, apenas os pajés tinham o direito de exercê-los –, criando, então, um temor pelas possibilidades que a anciã tinha. Devido este conhecimento, Whaea, por meio do Aikape – oráculo das águas – escolheu-a para a incorporação. Foi um choque para a taba, a mulher que temiam receberia a mais importante divindade.

O cacique, devido os maus comentários, interviu. Disse que se a grande mãe a escolheu foi porque era digna de tamanha graça; o povo, aos poucos, aceitou e se preparou para a festa. O medo se criou pelo fato de temerem que a feiticeira se apoderasse do artefato da deusa. Objeto, segundo os mitos, feito pela própria. Engalanado de várias pedrinhas e estrelas-do-mar, além de uma pedra reluzente em arco-íris numa safírica concha de ostra na sua extremidade.

Chegado o último dia de Patiwha, um caos se criou na taba: sumiu Angatua, o cetro de Whaea.

Era esse o objeto que traria o domínio de Wama até a estiagem... Um poder – quase – absoluto ao povo, pois dependiam do bom uso dele...

Uma multidão, em pouco tempo, se formou em frente à casa de Kangagá. Todos a chamavam e acusavam, atirando pedregulhos e gravetos em sua morada. Não perdurou muito tempo e Mainga – chefe da aldeia – apareceu para ver o que ocorria. Tendo Kangagá amarrada em cipós, o povo disse ser ela a responsável pelo sumiço do artefato.

Ele, homem justo e paciente, perguntou: - Me a heape i ohimo koia eko nana? (E como sabem que foi ela?).

Um silêncio...

- Kapaewha toki totau hineuta horake i nagantiauka? (Acusam nossa irmã sem provas?). – foi aí que surgiu uma voz retumbante.

- Eroka e mae! Ian a ihatae! (Que nada! Foi mesmo ela quem roubou!) – todos se viraram para Kotira, jovem caçadora - Kei te mohio nihi te i kite ai ia repeta. (Sei porque a vi enterrando o cetro em sua casa).

Em uníssono, todos bradaram contra a velha. Esta não reagiu.

Kotira e Kangagá tinham uma quizila antiga...

Kotira caçava... não para trazer alimento – a carne que não fosse dos peixes era depreciada pelo povo -, mas para ter o prazer de matar. Era, desde moça, uma pessoa que gostava do sofrimento. A velha, devota dos místicos seres naturais, não se agradava com a maldade da jovem e a repreendia sempre que possível, causando o ódio de Kotira por si.

Era por isso que Kangagá nada fez naquele momento. Inferiu ser uma vingança por parte dela para que fosse incriminada. Ela, sábia, pensou em não perder a compostura para não dar “razão” à jovem, pois acreditava na justiça e ela haveria de estar ao seu favor.

Assim pensou...

- Na he tino maamaa, kia mohio kei roto i te waro! (Então é muito simples, averiguemos s’está mesmo na casa!) – a multidão concordou com o raoni¹, que foi à frente para entrar na casa. Era bem verdade que a temia pelos boatos de magia que ouvia referentes à Kangagá, mas pensava não ser ela capaz de cometer um absurdo destes...

Por isso o choque foi maior.

As palhas do chão da residência estavam encharcadas, Kangagá sentiu-se angustiada ao ver aquilo. Reka e Tikao, dois guerreiros, espalharam as tiras e escavaram a terra molhada... Lá estava o cetro.

Ali mesmo Kangagá foi condenada...

Ainda amarrada, a levaram em direção à Patunga. Um temporal caiu de repente, mas não impediu a ira do povo. Ela ouvia gritos e ofensas de todos os lados e sequer podia se defender – amordaçada... Era notório o desespero em seu olhar marejado, mas no meio do caminho viu uma silhueta apagada pela escuridão das árvores. Um raio caiu bem na hora, revelando um sorriso no rosto daquela.

A angústia deu lugar ao ódio.

Já não chorava de agonia, agora suas lágrimas caíam por não poder externar sua raiva e assim seguiram até a colina, com muita dificuldade pela forte chuva repentina. Chegando lá, fora amarrada num toco de madeira, mal podia imaginar que seria ela a sacrificada do ritual.

“Eu, inocente, colocada no mesmo nível de ladrões, agressores, traidores e inimigos...”

Então surgiram três pajés, cada um carregando uma lâmina. O ritual havia começado.

A banharam com um líquido de ervas maceradas e puseram colares, o primeiro pajé cravou sua mão esquerda, o outro, sua mão direita. Nunca sentiu tanta dor, mas nem deu tempo de sofrer esta, porque recebeu um golpe certeiro no coração. O sangue escorreu pelo seu corpo, até chegar às águas da nascente, tingindo o rio.

Já se via Ikawai, faminto, surgindo na foz.

Kangagá sofria tanto..., mas não morria, estava enfeitiçada com o rito, o ser faria o trabalho de matá-la.

- Kua tae mai (Chegou a hora). – disse os pajés, toda a maloca gritou em júbilo.

Jogaram Kangagá à correnteza.

A água, avermelhada pelo seu sangue, levou-a em direção à morte. Dor, em todos os sentidos, era o que ela sentiu. A dor transformou-se em ódio e foi com este sentimento que fora mastigada brutalmente pelo ser.

Um grito, um sorriso.

Sem um pingo de remorso, Kotira voltou às matas, satisfeita com o que acontecera. Devolveram o artefato ao seu altar de veneração. Dias se passaram e todos pensaram estar tudo bem, mas não findou assim.

Whaea não poderia permitir tamanha injustiça a uma filha.

Deu à Kangagá o poder de vingar-se daquele povo...

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“Freguesia de Masomo, 11 de abril de 1623.

Vossa Majestade,

Almejo demasiadamente que eu esteja vivo para falar contigo pessoalmente quando isto acabar. Escrevo esta para informar-lhe de alguns eventos ocorridos aqui na Freguesia. Tomamos essa terra com muita dificuldade, é uma região de extrema secura, o pelotão sofreu muito com isso, mas nossa bravura superou esses limites e conseguimos conquistar esse pedaço... pelo menos uma parte dele.

Alguns nativos, infelizmente, ainda resistem numa porção de terra daqui, pensamos até em deixá-los, já que não nos importunam, porém creio que aquela parte é importante... notei um rio vindo de uma montanha e este passa exatamente onde os pagãos estão. É interessante para nós, com toda certeza é.

Em decorrência disto, majestade, penso em expugnar esta região remanente. Há apenas um problema: meus soldados não estão com a pujança de outrora. Temo que ocorra um desastre, já houveram tantas baixas... Esses selvagens nos causaram um árduo trabalho.

Não os daqui, foi estranhamente fácil conquistar esse pedaço. Eram poucos os nativos desta região quando chegamos, alguns estavam quase desnutridos... vi outros se rastejando, parece que houve um período violento de seca. O suor só escorreu mesmo com os outros ao norte.

Mesmo assim não quero arriscar pô-los naquela mata desconhecida... Seria imprudente! Hoje, por isso, entrarei eu, sozinho, naquele lugar e farei o reconhecimento para melhor penetrar o jângal com os meus subalternos. Sou deles o líder, um líder tem que sacrificar-se, tem que ter brio... É o nosso afã! Você sabe disso bem mais que eu, Majestade.

Deus nos abençoe.

Manuel Dias, CEE.”

- Noooossa! – a menina exclamou após tudo ler.

- Gi, Manuel é mesmo um bravo homem! Foi sozinho à mata por nós. – falou Macedinho, seu irmão.

- Sim, mas você não acha muito estranho? Se ele escreveu isso hoje à tarde, o que deve estar acontecendo com ele agora?

Macedo refletiu ao ouvir a tal frase, sua irmã tinha muita razão. Eram duas crianças? Sim, mas espertas demais.

- O que você acha de procurarmos ele lá? – Gi propôs.

- Seria legal, não acha perigoso, mana? Tenho medo das histórias que a vovó contou sobre o lado dos pagãos...

As pessoas mais antigas da Freguesia escutaram as lendas vindas dos índios e reproduziram esses contos aos mais novos, formava-se lentamente a cultura daquele povo.

- E-R-A perigoso. Se Manuel foi significa que nada mais há a temer.

Persuadiu o irmão com tais palavras. A imagem do “desbravador” era louvada até demais para o povo simples que chegava de além-mar para estabelecer-se naquelas terras desconhecidas – técnica de colonização. Deixaram a carta onde estava e foram para a boca da caatinga. O tempo era de chuva, chuva forte – devido os temporais de época, a mata branca mostrava a sua face desconhecida: um verdor rico.

Seguiram até a parte da marcação “Perigo” deixada pelos soldados, hesitaram um pouco, mas foram... com uma dificuldade grande. Cactos, troncos e mais troncos finos, relva alta, chão fofo e pequenos poços. Macedo, que era mais novo e desatento, pisou em falso numa dessas poças e torceu o pé, para o desespero da irmã.

Puxou-o para baixo de uma árvore e tentaram proteger-se da chuva. Já via o membro inchando, tinham que voltar, contudo nem adiantava chamarem por alguém.

- Anda, voltaremos a pé, eu te ajudo. – se fosse tão simples... Enquanto carregava o irmão, tentando voltar à Freguesia, se deu conta: estavam perdidos.

Na pior das hipóteses apenas ficariam lá esperando a chuva passar ou o alvorecer... Nada. Ele começou a chorar de medo, a irmã pensava na surra que levaria, porém este temor mudou para um pior, pois percebeu que corriam risco ao ver um vulto cercando-os. Caiu um raio por perto, apesar do susto do menor, Gi pôde ver um ser estranho os encarando.

Era uma mulher, pelo menos parecia. Tinha o rosto desfigurado num semblante de ódio puro, os cabelos bagunçados e sujos de lama, idem o corpo; este parecia dilacerado e cravado de garras e pontas de lança.

Começou a aproximar-se, o desespero tomou conta da menina, que puxou o irmão pelo braço, quase que o arrastando – sequer ele sabia do que acontecia. Só descobriu ao olhar para trás e ver a criatura monstruosa gritando e expelindo, em grande quantidade de sangue, pedaços pútridos de animais.

“Esqueceu-se” da torção, naquele momento nada mais importava do que a vida dos dois, correu – tendo grande dificuldade – com a irmã.

Mal sabiam eles que era uma cilada.

Aquela mulher fora castigada a vagar pela mata para pagar por sua injustiça, sofrendo com o seu próprio rancor. Os que iam floresta adentro corriam o risco de encontrarem-se com ela. O perigo maior não era esse... O espírito levava as pessoas às margens do rio para servirem de alimento ao monstro rábido chamado Ikawai.

Assim aconteceu.

Gi correu sem direção, parou ao ver a imagem que nunca saiu de sua mente. Um peixe fantasmagórico, colossal, brilhante e sanguinário destroçava o corpo de Manuel. Este ainda estava vivo, mas se arrastava apenas com a metade do corpo. Estendeu o braço para as crianças, pedindo ajuda. Em segundos o seu dorso foi perfurado pelos afiados dentes do ser, jorrou sangue de sua boca.

Então, Ikawai pôs-se a ir ao rumo dos irmãos. Não notaram, mas estavam n’água. Como feitiço, viram uma aura esverdeada – como a do peixe – surgir em volta de seus pés; não conseguiam de mover.

O monstro abriu a boca, revelando haver dentro dele um espírito. Este era o de Kangagá. Ela gritava tão alto que fazia as crianças entrarem em mais desespero ainda. Eram gritos de tristeza, mas de raiva também.

Cada vez mais Ikawai se aproximava, Gi e Macedo fecharam os olhos para não verem o terror em frente deles, mas alguém os puxou. O grito de desespero foi suprimido pelas mãos daquele a quem os salvou: um indígena.

Eram carregados por ele, ainda assim estavam agoniados – foram ensinados que os nativos eram malignos (nem alma tinham!). Gi se debatia, mas não havia o que fazer, deixou-se levar e aceitar que morreria junto com o irmão pelas mãos daquele tangaika esguio.

De repente os três caíram, o indígena debilitado soltou ruídos de dor. As crianças viram uma lança que atravessou as costas dele. A mulher da mata novamente estava lá. E se aproximou lentamente, dessa vez eles fugiram, mas, novamente, ouviram um grito.

O salvador pedia socorro enquanto era arrastado para o rio.

Avistaram o caminho de volta, o irmão de Gi não conseguia mais correr. Se machucou ainda mais após tanto fugirem, sequer conseguia ficar em pé, o jeito foi leva-lo nas costas.

Mesmo com tanta dificuldade, chegaram de volta à casa, logo quando o dia vinha surgindo e a chuva dava uma trégua. Os gritos dos irmãos chamaram atenção de uma das sentinelas que estava no local e foram acudidos.

Contaram tudo o que tinham visto. Foram desacreditados a princípio, entretanto nesse mesmo dia, quando o pelotão adentrou o jângal para averiguar o que se passou, perceberam que as crianças falavam a verdade.

Viram os restos do corpo do indígena na beira do rio e o crânio de Manuel boiando na água.

A história se espalhou...

Tiveram, então, a certeza: as lendas eram verdadeiras.

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¹: líder, chefe.

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Este espaço é reservado a enchimento de linguiça, pois gosto muito de falar (ainda mais de algo que eu fiz).

Os nomes próprios, evidentemente, foram inventados por mim, porééém, têm significados. Uni palavras do idioma maori (que nem fiz com o meu primeiro conto [CLTS 12]). Exemplos: povo peixe = tangata ika (tangaika); mãe água = whaea whaea (Whaea); sacrifício = patunga tapu (Patunga); rio mortos = awa mate (Wama). Kangagá é 'vida amaldiçoada' etc.

Como eu não consegui escolher um tema de cara (como aconteceu na última edição), pensei em fazer o tema sobrevivência, mas o conto que imaginei eu penso que ficaria tão... então desisti da ideia e tive outra: faria três contos de três temas diferentes e escolheria o melhor (mal consegui fazer um, imagine os três). Mudei de ideia novamente e escolhi folclore, por me dar a oportunidade de criar um "folclore".

A ideia era fazer "três contos em um", mas não a fiz porque percebi que não daria por causa do limite de palavras.

O esboço era esse: Ato um (injustiça): KANGAGÁ (vida amaldiçoada) é acusada de roubar ANGATUA –sagrado- de WHAEA, causando a secura do rio WAMA. Nisso, após encontrarem o ANGATUA enterrado em sua casa, ela é levada para ser sacrificada na colina PATUNGA. Ao morrer, profere uma maldição aos TANGAIKA e é engolida por IKAWAI (“espírito de WHAEA”), apoderando-se de seu “corpo” e assombrando o povo. Difusão interna na etnia.

Ato dois (primeira vítima): 1623 (equívoco de data) – Entrada – o português Manuel Dias Ventura fora designado a uma Entrada na região oeste do território cearense, onde ficava a Freguesia de Masomo, para dar fim aos conflitos entre indígenas e colonizadores. Lá ele morre brutalmente por Kangagá em forma de Ikawai, um menino à espreita testemunha tudo e conta para os outros.

Ato três (folclore-1905): Sebastiana e Joana, duas primas, se desesperam ao ver sangue no fluxo hídrico do Rio Poti, correm para contar à família, porém, com o alarde, a notícia se espalha e as pessoas temem que possa ser Kangagá (pelo tempo de secura que se aproxima). Sendo assim, seguem às margens do Rio Poti com o cônego Matias José Ferreira para fazer uma oração de exorcismo em Lagoa Branca (onde fica Kangagá). Porém, dá errado e duas pessoas morrem. O caso só é atenuado com a ajuda do pajé Kaiwhakaora (salvador), um dos últimos remanescentes dos tangaikas.

Como veem, os três formariam a criação do folclore, sendo o primeiro a origem da lenda, o segundo faria a criação da lenda à sociedade colonial e a terceira com o povo já imerso ao folclore.

Sendo sincero, foi bom ter cortado a terceira parte, me deu um bloqueio criativo e eu não achava a chave para terminar a história - sendo que foi por um caminho totalmente diferente dos dois primeiros contos, ficou meio cômico e isso me incomodava; por isso, tentei refazer a terceira parte até perceber que o limite eram de 3200 palavras (e já estava em 3100, não daria).

A terceira parte também deixaria claro o lugar em questão: Novo Oriente, no Ceará (lógico). Tem muita coisa implícita no conto. Não estranhem essa caatinga {caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro} meio verde demais, expliquei no texto.

O nome "Freguesia de Masomo" não é canônico, mas escolhi esse nome por ser em referência a Martins Soares Moreno, capitão-mor do Ceará. Para dar mais referências, o Rio Wama é, na verdade, o Rio Poti, e a tal foz é um "açude" da cidade, chamado de Lagoa Branca; outra referência é o nome de Manu(o)el Dias (Branco) > português que veio para o Ceará e cá me faz surgir uma grande empresa.

Angatua (o cetro) possui uma pedra "arco-íris", não é? É uma opala, marca registrada nos meus contos (um dia ela será o fio-condutor de algo rs). O "11 de abril de 1623" é em referência à data de fundação da Portela.

O primeiro ato foi inspiradíssimo no itã de Omo Oxum (http://palaciomamaeoxum.com.br/conteudo.php?pagina=Artigos1&id=7); samba-enredo da Cubango de 1984.

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 12/02/2021
Reeditado em 14/03/2021
Código do texto: T7182974
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