DE VERMIS MYSTERIIS 🦠

DE VERMIS MYSTERIIS

[trechos de um diário de 1850]

Herdei uma mansão bem antiga

Nela poderia colocar as redes,

Então espero que assim consiga

Eliminar barulho das paredes

Ouvi alguns relatos misteriosos

Me puseram a par dos fatos

Grunhidos altos tão horrorosos,

Seriam causados pelos ratos

Não havia nada nesse vilarejo

Porém encontrei um mapa,

Era ali indicado outro lugarejo

A julgar por aquela capa!

A curiosidade então incendia

Iniciarei agora a explorar,

Esse espaço que é uma aldeia

Algo poderá se encontrar

Tudo está acertado pelo crivo

Como a rosa que viceja

Num altar descobri um livro,

No pedestal desta igreja

Como a nau que perdeu leme

Ao folhear a publicação,

Tudo neste redor então treme

Até as paredes da mansão

Tremulando-me ainda me rio

Até a descobrir o diário

O livro pertenceu ao meu tio

Envolto em um sudário

Pensei ser algo assim leviano

Nada incomum do cerne

Ele praticava o culto profano

Na adoração a um verme

Precisamos destruir este feitiço

Terminar o ciclo de perversão

Evitar a propagação do rebuliço

E quebrar a maligna maldição

Volto a igreja e libertar os cativos

Eis aqui nossa única salvação

Cercados por esses mortos vivos,

O suicídio será a final solução

EPÍLOGO

Meu tataravô perdeu a compostura

O conhecimento seria sua sede

Vitimado pela intensa esta loucura

E ainda ouço algo pela parede

[FIM]

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 07/08/2022
Reeditado em 07/08/2022
Código do texto: T7577157
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