Balé de Aleivosia - 2ª chance

“Mesmo que você chegue à estaca zero... Ainda estará no começo de tudo.”

Às 18 horas, mais preciso e idealista das 18 horas e 12 minutos, a chuva brindou a terra, o céu despencou em mini-dilúvio. Mas impreterivelmente todos queriam estar lá, e deveriam pra colocar mais energia no destino. Nem todo mundo tinha carro, nem todo mundo pretendia ir tão chique, mas duas pessoas tiveram problemas. Uma tinha de acabar um bolo, outra tinha de ninar o filho para dormir, e ainda uma terceira colocou sua voz para homens sedentos de arte e não de corpos nus.

A noite tocava um tango, a lua era um tambor bem prata batucado por bruxas, uma névoa pouco espessa apavorava desavisados... Mas todos chiques, o bolo feito. O strip terminado, o pequenino nos braços de Morfeu, os pés num scarpan e a alma na fachada da Harrabalde Meteora. Os responsáveis guardaram os carros, acompanharam no olhar os táxis distanciarem-se, levaram sob o grande guarda chuva todas as multidões... A elegância não era a prova d’água, e a beleza tinha medo da pesada chuva. No convite tinha um aviso, dependendo do ponto de vista: uma restrição que dizia: “o mundo lhe proporciona a todos os momentos conhecer pessoas novas, ou reconhecer pessoas velhas... Aceitar este convite é ter o prazer de sentar com inúmeros e ilustres desconhecidos... Seja bem vindo (a)! E de lugar em lugar, pausa a pausa, chegada a chegada os garçons guiavam aos lugares reservados ás identidades correspondentes.

Era uma noite linda de chuva e o que importava dentro de suas vestes pretas parecendo combinação era o sol que brilhava naquelas mentes de contentamento e felicidade, e um ou outro tópico de dúvida: “Por que estou aqui? Por qual motivo fui convidado?” mas o próximo gole, a seguinte performance nas pistas ou palcos tomava furtamente a mente e se alimentavam daquela gritaria chique da qual eram involuntários alvos.

Uma estrela, cantora famosíssima brilhou em músicas que todos sabiam cantar... Assustaram-se coletivamente: “Era este o motivo da farta mesa ser composta pelos tais?” não, não podia ser tão ridículo motivo. A pista de dança os chamou e cara a cara com a musica requebraram até não poder, a bebida continha alucinógeno. Uma vibe sensação de eternidade em cada movimento, o coração pedindo bis em, cada contração.

Um bilhete, um homem de preto no ouvido, e encontravam-se juntos novamente numa sala de reuniões distante dali, juntos de um homem poderoso com anel de brilhantes, de cara amarrada, mas feliz. O suor dos passo inpensados era lembrança ainda de uma boa noite, e as palavras romperam um silêncio de sono, quebraram um cristal de paz invisível: - Eu os convidei porque todos tem habilidades imensas, das qual eu conheço muito bem. E assim como vocês eu também gosto de jogos, a diferença é que eu posso criar o jogo que quiser, pois tenho dinheiro que nem imaginam quantos zeros se colocam na quantia certa. Sei também que estão todos passando dificuldades financeiras, e que amam, sobre qualquer coisa, ama dinheiro. Por isso eu lhes proponho um jogo: dentro de suas habilidades, quero que me surpreendam, façam algo de grandeza mundial, e então terão milhões e milhões ao seu alcance. Caso contrário, terei de mata-los agora mesmo, pois já sabem do meu plano. Então, todos topam?

A vida era uma prostituta barata e safada que fazia por prazer, estavam num círculo fechado, num jogo sem regras, onde eles eram as peças e o mundo o tabuleiro.

“É preciso termos muito bom senso para sentirmos que não temos nenhum.”

AGUARDE... EM BREVE A TERCEIRA DESGRAÇADA PARTE.

Douglas Tedesco
Enviado por Douglas Tedesco em 13/10/2008
Código do texto: T1225318
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