O JOVEM RAFAEL

Ele nasceu da periferia de São Paulo, no dia 04 de Julho de 1986. Menino saudável e muito formoso, filho de Iara e Senival. Foi o primeiro neto de seus avós tanto materno, quanto paterno e muito querido por todos seus familiares.

O menino foi crescendo como toda criança, frequentou a escola, igreja e etc. Mal completara dezoito anos, começou a namorar, tinha muitos amigos. Estava muito feliz pela sua namorada, a Lilian e porque tinha comprado uma moto. Começou a desobedecer seus pais, frequentar festas noturnas, coisas que a maioria dos jovens fazem quando acham que são o dono do seu próprio nariz no momento que passa para maioridade. Frequentam bares, bebem em excesso, usam drogas, andam em alta velocidade e acham tudo normal. Cada um faz as suas escolhas e não tem noção do perigo que estão correndo.

Até que um dia, deixou a namorada em casa, foi em sua casa, tomou outro banho, passou seu melhor perfume, num ritual de quem se despede, beijou os pais, deu tchau para sua tia querida e foi para o pior baile que alguém poderia ter ido, um lugar mal falado e pouco frequentado por pessoas de bem.

Ao chegar no baile, no dia 07 de Agosto de 2007, bebeu, dançou, se divertiu muito e pisou no pé de Marcelo que, acabara de sair da cadeia de induto do Dia dos Pais. Começaram uma discussão, Rafael nervoso deu um murro no peito de Marcelo que não perdoou e saiu da festa, imediatamente e aparentemente foi embora.

Marcelo, ao sair daquele lugar, chamou sua mulher, da mesma laia que ele, ordenando que ela trouxesse uma arma. Esperou que Rafael saísse do "Portela", a casa noturna onde ambos estavam e atirou covardemente a queima roupa, direto no coração de Rafael, que caiu sobe de cupido dorsal, sem chance de defesa, vindo ao óbito.

Este jovem, entre muitos outros, foi apenas mais um caso sem solução nas estatísticas da policia. Quantos pais choram seus mortos todos os dias?

"Você com um revolver na mão é um bicho feroz"! Pense nisso, nossos jovens estão sendo jogados em sepulturas dia após dia. Precisamos amar mais o nosso próximo, sermos mais tolerantes, violência gera violência.

Leila Rodrigues
Enviado por Leila Rodrigues em 26/02/2019
Reeditado em 03/03/2019
Código do texto: T6584691
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