SERIAL KILLER

São Paulo, 24 de Dezembro de 2018. Festa do Natal, famílias reunidas num clima natalino da mais pura felicidade e harmonia. O bairro do Bexiga um dos mais tradicionais do Centro, distrito da Bela Vista, Algumas ruas enfeitadas à caráter, recebendo turistas do Brasil e do mundo, tinha tudo para ser uma festa bonita e pacífica, quando uma série de assassinatos iniciou-se dando fim ao clima de festa.

Um serial killer estava à solta pelo bairro, aterrorizando a população. Logo a mídia tomou conta da situação e os crimes ganharam repercussão no mundo inteiro. A polícia ainda não tinha pistas do assassino ou da assassina em série. Todo cuidado era pouco, nos apartamentos, pois os crimes vinham acontecendo nos elevadores de vários prédios residenciais e com as mesmas características, fato que direcionava, realmente, para um maníaco serial...

O primeiro assassinato aconteceu logo cedo, quando uma diarista descia pelo elevador de serviço, para fazer as compras da família para quem trabalhava. A mesma foi brutalmente atacada no elevador e o assassino aparecia nas imagens das câmeras, vestido de uma capa preta com capuz e não permitia que o seu rosto ficasse à mostra.

O serial usava uma arma Sete Meia Cinco com silenciador e depois de atirar na diarista, estrangulou-a com um punhal afiado, arma branca pontiaguda e cortante com cabo em forma de cruz. Mais tarde, percebeu-se que os crimes aconteciam sempre da mesma maneira e sempre com apenas uma pessoa no elevador.

A polícia estava intrigada sem saber como o assassino conseguia adentrar aos prédios, cometer os crimes e sair como se nada tivera acontecido. A linha de investigação direcionava-se, então, para moradores dos prédios, mas ao mesmo tempo, deixava uma ‘pulga atrás da orelha’, pois eram vários os prédios, cenários dos crimes deste ou desta serial killer.

Nesta altura dos acontecimentos, já haviam morrido três mulheres e dois homens, sendo um deles, um idoso de 66 anos. Todos os crimes no mesmo dia entre 7h e às 17h do dia 24 de Dezembro de 2018.

Muitas famílias resolveram antecipar os horários de suas festas particulares em seus apartamentos, algumas outras até cancelaram os encontros, mas ficava quase impossível, não sair de casa para resolver as coisas... E era sempre nessas saídas que as pessoas eram atacadas.

A polícia só tinha a estatura do algoz e o tipo de punhal usado para estrangular suas vítimas, após atirar nelas. O assassino tinha mais ou menos 1,72 de altura e deveria pesar uns 80 kg talvez. Ele ou ela, sempre desaparecia das câmeras após passar pelos pontos cegos dos prédios. Tudo era meticulosamente calculado para não deixar pistas que o identificasse.

O burburinho era constante. Ninguém falava em outra coisa, nas cantinas, barzinhos, etc. Realmente parecia coisa de filme e as pessoas não acreditavam que isso pudesse acontecer ‘debaixo dos seus narizes’ e cobrava respostas da polícia o quanto antes. A mídia televisiva era grandiosa, coisa de cinema.

A inteligência da polícia Civil da Capital Paulista passou a noite em claro examinando imagens de todos os prédios envolvidos até então e, descobriu um fato curioso, entre aqueles que entravam e saíam dos prédios naquele dia, estavam dois homens, o sindico de um dos prédios e um rapaz que tinha parentesco com algum morador de cada prédio em questão.

A pergunta era: o que o síndico de um dos prédios, fazia visitando os demais? Muito suspeito isso! E o rapaz? O que estaria fazendo, visitando todos esses prédios num mesmo dia? Logo, dois suspeitos apontados pela polícia para estes crimes bárbaros.

O rapaz, que se chamava Francisco de Assis, tal e qual aquele outro, que ficou conhecido como o maníaco do parque, mas era apenas uma infeliz coincidência. Este Francisco adentrava aos prédios, sempre carregando uma mochila nas costas e esse fato o colocava como o principal suspeito apontado pela Polícia Civil.

Interrogado, o mesmo alegou que sempre circulava com sua mochila, porque carregava seu material de trabalho, ele fazia consertos em geral, aquele tipo, faz tudo, que existe por aí...

Dentro da sua mochila, os policiais só encontraram alicates, fios, peças usadas de alguns eletrodomésticos e uma chave de teste. Não convencidos da inocência do Francisco, o prenderam, por precaução.

No seu depoimento, Francisco disse à polícia, que o síndico das imagens, lhe devia dinheiro e que o cobrava constantemente e que o mesmo, sempre inventava uma desculpa para não lhe pagar e acrescentou que o síndico sabia do seu parentesco com as pessoas dos demais prédios envolvidos nos assassinatos.

Estas informações prestadas por Francisco à polícia deixaram indícios de que o sindico poderia ter planejado uma vingança e poderia estar cometendo esses assassinatos somente para incriminar o rapaz e passou a ser investigado em todos os seus passos.

Com mandado de busca e apreensão, a polícia fez uma vasculha no apartamento do síndico e acabou descobrindo um fundo falso no armário da cozinha e lá encontrou tudo o que precisava para prender e posteriormente condenar o verdadeiro serial killer do bairro do Bexiga. Tudo isso se deu logo no dia seguinte numa resposta rápida da polícia que mereceu os aplausos e os elogios de todo o país. O jovem Francisco de Assis foi solto e aliviado voltou a trabalhar normalmente e a paz voltou a circular no bairro.

Ênio Azevedo

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Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 05/07/2019
Reeditado em 08/11/2020
Código do texto: T6689014
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