PAULO ALVES - CAPÍTULO TRÊS - MINISSÉRIE

Paulo Alves 3

Jasmim está desaparecida há dois dias. Apareceu para trabalhar e como sempre, se entregou ao trabalho e inclusive, nesse último dia ela bateu sua meta nas vendas. A linda menina de traços europeus mais parecia uma santa de igreja com sua pele clara e rosto sereno. Paulo ouviu os relatos das outras funcionárias imaginando o que teria acontecido ou qual a motivação para o seu sumiço.

- Ele tinha problemas familiares?

- Pelo que eu saiba, não. – disse a gerente da loja. – Jasmim vivia falando bem do pai e da mãe assim como do irmão também. Ela era uma menina feliz nesse sentido.

- E quanto a relacionamento amoroso, algum ex namorado ou marido?

- Jasmim era solteira e fazia questão de permanecer assim até se formar na faculdade.

- Ótimo. – se levantou. – vou querer as imagens das câmeras de segurança do último dia dela aqui.

- Vou buscar as fitas.

Paulo sente que o caso é ainda mais complexo. Pra ser sincero ele torce para que Jasmim seja só mais uma garota mimada que fugiu de casa por não saber lidar ou não aceitar as regras do lar. Sim, do fundo do coração ele prefere que seja isso. Alves não quer encontrar outra cabeça perdida por aí. Imagina, em seu primeiro caso como investigador ter que se debruçar diante de um assassino em série? Muita loucura seria. As fitas chegaram.

- Terei que levá-las.

- Sem problemas. – a gerente apertou os olhos. – por favor, detetive Alves, encontre nossa menina.

- Vou encontrá-la.

*

O molho de chaves foi parar em cima da mesa de centro assim como o distintivo. A arma foi posta com todo o cuidado no braço do sofá. O apartamento se encontra numa penumbra estranha, Paulo pode sentir isso assim que entrou. A pistola mais uma vez voltou para suas mãos.

- Mara, você ainda está aqui? – mirou na porta da cozinha. – sem essa de brincadeira Mara, não se assusta um policial desse jeito.

Silêncio. Paulo andou até o meio da sala ainda com a arma em punho.

- Merda, Mara, assim você vai acabar levando um tiro.

Decepcionada a mulher deixou o quarto em trajes sensuais lamentando por terem estragado a surpresa. Realmente Mara é uma morena estonteante. Depois de cortar os cabelos bem curtos ela ficou ainda mais sexy, do jeito de Paulo gosta.

- Poxa, amor, queria fazer uma surpresa. – colocou as mãos na cintura.

- Disse certo, queria. – guardou a pistola no coldre. – precisamos conversar e você sabe disso.

Bufando Mara se sentou tapando sua parte íntima com a almofada. Paulo deve admitir, que mulher sensacional. Por fora ele se faz de forte, mas por dentro a vontade é de jogar tudo o que aconteceu pela janela e transar com ela até não conseguir mais.

- Paulinho, eu, eu...

- Contra fatos não há argumentos, Mara, eu vi vocês saindo do motel, você não está lidando com otário não.

- Posso falar? – descruzou as pernas. E que pernas.

- Não. Chega. Você já falou muito. Não tem jeito, Mara. – sentou-se ao lado dela quase babando olhando para o decote da lingerie. – só me diga uma coisa. Ele é melhor do que eu?

- Melhor em que? – se virou para ele.

- Não se faça de desentendida.

- Isso nós iremos descobrir juntos.

Mara pulou para o colo de Paulo. Pegou sua cabeça e a pressionou contra seu busto. O cheiro de sabonete líquido feminino, a pele macia e sedosa, as mãos acariciando seus cabelos, Alves achou que o zíper da calça fosse estourar tamanha sua excitação. Ele tentou resistir, mas suas mãos foram sozinhas até às costas de Mara e a livrou do sutiã. A respiração da namorada se tornou irregular assim que seus seios foram tocados pela boca do policial. Paulo Alves já estava partindo para a calcinha quando sua mente voltou naquele momento em que ele a viu sair do motel com outro cara. Água na fogueira.

- Não!

- Não o que, amor? – voz ofegante.

- Não vou ceder. – a tirou de cima dele.

- Aí, Paulinho, eu estou cheia de tesão e pelo não sou só eu. – apontou para o volume sua calça.

- Já chega, Mara, pra mim já deu. Arrume suas coisas.

- Está me mandando embora? – falou recolocando o sutiã.

- Sim!

*

Jasmim Soares, daqui a três meses completará vinte anos e o que vida, o destino lhe reservou? Um sequestro seguido uma morte bem dolorosa. Nessas horas, quando estamos vivemos os últimos eventos de uma vida curta feito a de jasmim, nos demos conta do quanto somos pequenos, impotentes e por que não dizer dependentes de um ser maior. Com pés e mãos amarrados e jogada dentro daquela cubículo frio e mal cheiroso, a vendedora sente raiva dela próprio. Como pôde ser tão ingênua, tão boazinha, tão inocente e conservadora. Como foi cair na lábia do bigodudo com cara de maluco? Agora ele vai me matar ou sei lá o que, pensou ela ainda tentando se livrar das amarras.

Romildo entrou no quarto, para desespero de jasmim. Seu olhar para ela era de um lunático sem freio, disposto o tudo. Com um mão na cintura e a outra em sua parte íntima a jovem já imaginou que iria lhe acontecer, por isso se preparou psicologicamente – do que adianta espernear, depois de se satisfazer ele vai me matar mesmo.

- Você é linda, Jasmim, por isso está aqui, me apaixonei por você.

- O que vai fazer? – chorou.

- O que eu fiz com todas as minhas bonecas. Primeiro iremos trepar e logo mais irei arrancar os braços, às pernas e finalmente a cabeça. Não é assim que fazem as crianças com os brinquedos?

- Me ajuda, estou amarrada aqui sem comida, com sede há dias...

- Três dias, acho. – se aproximou dela e lhe apalpou os seios do tamanho de pêras. – são durinhos.

- Tire suas mãos de mim, seu porco.

- Vou lhe contar uma coisa, jasmim, eu costumo violentar minhas bonecas, mas antes eu as amordaço. Farei diferente com você, quero ouvir você gritando, me xingando e chorando. – apertou a bunda da garota. – e aí, o que acha da ideia?

- Moço, pelo amor de Deus, eu, eu, ainda sou...

Romildo Silva uivou feito um lobo para o lua cheia.

- Uma boneca virgem, isso é demais, acho que vou transar mais de uma vez.

Romildo a colocou de quatro na estreita cama de solteiro. Aos prantos Jasmim viu e sentiu sua calça sendo retirada junto com a calcinha. A única vez que isso aconteceu foi quando seu primo de segundo grau brincava com ela de marido e mulher nos fundos de sua casa. Ela também ficou de quatro, mas ele não a penetrou, só simulou. Agora tudo é diferente. Jasmim será desvirginada por um louco em fúria. Ela parou de chorar assim que sentiu algo morno cair entre suas nádegas.

- Mil desculpas, querida, meu lubrificante acabou, terá que ser na saliva mesmo.

E assim foi. Jasmim Soares aguentou calada tudo o que Romildo fez e olha que não foram poucas as loucuras. Nervoso por sua vítima não emitir nenhum som, o esquartejador passou a bater.

- Grita, grita, vamos, eu quero ouvir você chorar. Vamos.

Pobre jasmim. Um dia ela se imaginou sendo penetrada e apanhando, porém em condições diferentes e um homem de sua escolha.

Júlio Finegan
Enviado por Júlio Finegan em 23/07/2020
Código do texto: T7014380
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