O fim do Carnaval
E era noite de carnaval, nas ruas e vielas da cidadezinha uma experiência mística, o ego sumia no passo da marcha alegre. Estrelas vieram do mais longínquo infinito e desceram suaves para cobrir os foliões de purpurina e tudo mais que brilha.
Tudo era uma grande brincadeira, não era mais a marchinha e os foliões que estavam ali, era uma alegoria da vida, segue o curso do folguedo ate o sol brilhar.
Mas eu não estava só, ela estava ali comigo. Sorrindo, com os lábios de batom manchados e amortecidos de tantos beijos roubados por mim, de olhos esfumaçados escondendo mil segredos que eu nunca consigo descobrir, com os cabelos negros faceiros, chanel que pula no ritmo dos passinhos graciosos.
Vamos seguindo pelas ruas e no alto a lua a nos coroar, majestade etérea. Somem as pessoas ao nosso redor, vamos flutuando suave em direção ao mistério que pressentíamos...
E não há mais lua, nem estrelas que brilham, nem marchinha nem cidade e nem você que imagino, existem apenas letras escritas na tela de um computador.