É O QUI DIZ A TEVÊ

Dicero arguns jornais
Que mandaro o lixão
Pro seu lugar de origem.
Esperamo nunca mais
Que aqueles noços irmão
Enriqueçam com o lixo.
Afinar mermo nois cendo
Pais de tecero mundo
Cuma eles samo gente
I nois num semo imundo.

Devemo tê pelo meno
Um amor próprio profundo.
Tombém dicero qui vam
Vortar a cobrá dos xeque
Será verdade ou não
O tar do CPMF?
Cuma podi êce pais
Saí de tecero mundo
Noço povo cê filis
Si de nada samo dono?

Si vê na televizão
As briga dos cenadores
Vam inté us imburrão
Pro cauza de arguns rumores
É cobra ingulindo cobra,
Iço ção os cenadores
Os homis qui a gente vota
Si dizendo lutadores
Adispois tudo sin intorta.

É rôpa suja lavada
Bem na freti da tevê
I nois qui acridiva
Perciza vê para Crê
Qui o voto qui nois dava
Pros homis ir pro pudê
De uma pitiza não paçava
I só nois ia cumê
I cumê por as beradas
E u qui diz a tevê.

Brasília, DF
23/08/2009