ESCÂNDALOS
Tento explanar num poema
Este avultado dilema
Pelo que passa a nação...
Falo destes escândalos
Patrocinados por vândalos
Sem amor nem compaixão.
O homem em sua fome
De elevar o seu nome
Perde a razão e a fé...
Posso dizer que este mal
Não é coisa atual:
Mais velho que andar à pé.
Só sei que ultimamente
Proliferou a semente
Da ganância e do desdém...
O que antes não surgia,
Sob os panos se escondia,
Hoje logo à tona vem.
A sociedade se agita,
E hoje se vê aflita
Assistindo essa lambança...
É podridão todo o dia,
E como balde de água fria
Nos arrefece a esperança.
Já votamos num valente.
Na verdade era um demente
Que nos envolveu num drama...
Votamos num catedrático
Que depois ficou apático,
Se confessou um banana.
Pusemos então no Palácio
Um tal de Luiz Inácio
A quem chamamos por Lula...
Mesmo saindo do povo,
Acho que erramos de novo,
Seu mal é a grande gula.
Desde que entrou no poder
O “trem” começou a feder
No expurgo das ganâncias:
Foi os fundos de pensão,
Os bingos, o Mensalão,
O golpe das ambulâncias.
E o mais grave disso tudo
É que em dois de outubro
Teremos outra empreitada...
O que temos de opção:
A atual corrupção
Ou outra inusitada.
Já estamos esgotados
Desses dias malfadados
E lhes digo, amigos meus:
Tudo isso acontece
Porque o homem se esquece
E se afasta de seu Deus.