A BARATA.

De: Manoel Lúcio de Medeiros.

Em: 19/02/2004 – Fortaleza- Ce.

1

Atenção minhas crianças,

Que eu quero vos falar,

De um inseto tão imundo,

Que existe em todo o mundo,

Que nos faz arrepiar,

O seu nome é barata,

Que dá nojo em pensar!

2

A barata é seu nome,

Põe nos cantos ooteca,

Anarquiza nossos livros,

Destrói a biblioteca,

Estraga com nossa roupa,

Cuidado, pois nada poupa,

Rói até nossa cueca!

3

Ela transmite doenças,

É preciso se cuidar,

Tem o hábito noturno,

Sua hora de atacar,

Contamina os alimentos,

Lançando seus excrementos,

E só vive pra sujar!

4

A barata gosta mesmo,

É de muita imundície,

Sujeira, lixo na casa,

Traz perigo, alguém disse!

Pense num bicho nojento,

Que estraga o mantimento,

Que existe na cozinha?

5

Uma coisa curiosa,

É sua grande resistência,

Por isso que a barata,

Tem uma grande permanência,

Mete-se em toda brecha,

Das portas procura as frestas,

Isto com muita freqüência.

6

A barata sai à noite,

Em busca dos alimentos,

Contamina com suas fezes,

Deixando seus excrementos!

Suja o piso e o cimento,

Deixa o rastro onde passa,

Esse troço é uma desgraça!

7

A bicha é tão nojenta,

Voa pra cima da gente,

Deixa até um mau odor,

Poluindo o ambiente,

Todo mundo sente nojo,

Ela mora até no bojo,

Que inseto de horror!

8

A barata quando anda,

Tem um andar tão seboso,

Mas que sensação horrível,

Ver uma coisa esquisita,

Ela é uma má visita,

Entra até sem ser chamada,

Que barata desgraçada!

9

Ela é mesmo nojenta,

Voa mesmo na varanda!

Teve uma que pousou,

Mesmo no braço da Vanda,

Ela deu um forte grito,

Pareceu até com um apito,

Com quem brinca de ciranda.

10

Criança tenha cuidado,

Pois existe muita espécie,

Eu creio mais de três mil,

É uma verdadeira peste,

Ela possui uma enzima,

Que a faz bem resistente,

Que barata insistente!

11

Cuidado com a barata,

É perigo quando morre,

Pois o pó da sua asa,

Transmite a alergia,

Fazendo o peito chiar,

Afetando a saúde,

É uma luta pra curar!

12

Existe uma barata,

Que é muito pequenina,

O povo dá o seu nome,

De barata francesinha,

Vive debaixo da mesa,

Tem uma grande ligeireza,

Faz do carros sua casinha!

13

A barata do esgoto,

Invade a nossa casa,

É ligeira em sua asa,

Que bicho amaldiçoado!

Ela se esconde no armário,

Vai pra debaixo da mesa,

Traz foco de impureza!

14

Vejamos minhas crianças,

Quanta doença nos traz,

Produz cólera no corpo,

Vence nosso anticorpo,

Tira o nosso vitalismo!

Ataca com diarréia,

Desidrata o organismo!

15

Traz também difteria,

Que causa sufocação,

Ficamos sem respirar,

Compromete o coração,

Aos nervos também ataca,

É pior que jararaca,

Oh que triste condição!

16

Transmite tuberculose,

Que afeta ao pulmão,

Trazendo uma tosse feia,

Por causa da inflamação,

Produz sangue e catarro,

Se nota pelo escarro,

É uma doença do cão!

17

Existem outras doenças,

Que a barata transmite,

Traz também pneumonia,

Levando nossa alegria,

Como a toxoplasmose,

Que é uma zoonose,

Que a gente se arrepia!

18

Transmite também a lepra,

Que doença tão antiga,

Atacando a nossa pele,

Trazendo forte fadiga,

Traz também conjuntivite,

E a barata é um convite,

Que todo o mal irriga!

19

Pulverize o armário,

Sem ter pena do veneno,

Tem que matar este inseto,

Que vive em nosso terreno,

Limpe bem a sua mesa,

Mantendo toda limpeza,

Tendo um cuidado pleno!

20

Por isso tome cuidado,

Limpe bem sua estante,

Só a limpeza garante,

De manter a higiene,

Não se pode descuidar,

Porque ela sempre à noite,

Voa e muda de lugar!

21

Faça, pois, toda a limpeza,

Removendo a impureza,

Pra barata não morar,

Dedetiza tua casa,

Pra ela exterminar!

E aqui a minha estória,

Está perto de acabar!

22

Remova de sua casa,

Caixa velha e papelão,

Jornal velho e revista,

Pois isto só habilita,

A barata pra morar,

Se ela não encontra isto,

Noutro canto vai ficar!

23

Cuide bem de sua louça,

Lavando com detergente,

Pois os restos de comida,

Toda barata convida,

Prejudicando a gente,

Seja da saúde, agente,

Na luta sob medida!

24

Este bichinho imundo,

Só Deus pode destruir,

Se houver uma grande guerra,

Que destrua toda a terra,

E que morra todo o homem,

Nem a barata não se some,

E nem deixa de existir!

Direitos autorais reservados.

Malume
Enviado por Malume em 14/11/2006
Reeditado em 14/11/2006
Código do texto: T291328