E lá, no silencio do norte
a Capela da Boa  Morte
que se fez a nossa sorte
feita de esteio bem forte
de uma milagrosa braúna
ao canto triste da graúna
nela nasceu belas flores
e perfumou por milagre
na insistência do Padre
que o povão assustado
quando viu a braúna florir
e o padre dizendo a sorrir;

-Homens de pouca fé!
ei-la, quase de pé !...


e lá, no silencio do norte
a Capela da Boa Morte
Guardiã da nossa sorte
nascida do esteio forte
de uma milagrosa braúna
ao canto triste da graúna
o tempo passou rápido
e levou o menino levado
nas asas do tempo veloz
e relembro o vento atroz
ao passarmos perto dela
se ouvia na toada dos sinos
lá do fundo daquela capela
que assustava os meninos
o gemido de um fantasma!

e naqueles tempos sem luz
onde a morte era nossa cruz
naquelas noites de lua cheia
os meninos de cachola-cheia
de várias frutas bem maduras
do pomar das Irmãs Ternuras
eles passavam longe da Capela
bem iluminada pelas estrelas
pois ali dançavam uma sombra
que assombrava os meninos
a cada toada daqueles sinos
uma sombra vestida de branco
que da singela rua do Barranco
se ouvia a sua triste  melodia !..


e assim, nasceu a lenda de fato
quando desmancharam de fato
a Matriz da Virgem da Conceição
e a Capela da Morte,virou benção
foi toda reformada e abençoada
e para sorte daqueles meninos
o fantasma tomou seu destino
e foi morar em outras guaridas
e sob belas estrelas do norte
a Capela da Senhora da Morte
se fez a sorte de nossas vidas..!

e ainda se ouve na toada dos sinos
sob a gritaria dos levados meninos


-HOMENS DE POUCA FÉ !
EI-LA, QUASE  DE PÉ !...



(vide em nossos escritos anteriores a história
da CAPELA DE N SRA DA BOA MORTE)
Marco de Nilo
Enviado por Marco de Nilo em 14/07/2011
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