CORDEL SUI GENERIS

CORDEL SUI GENERIS

Num xucro aperto de patas

Nos fizemos bons amigos

Não encostamos umbigos

Índios machos não se beijam

Se fosse lá bela prenda

Bah! Patrão Velho me entenda

Seria outra a conduta.

Pra ti tenho boa canha

Na guampa velha escondida

Que cura qualquer ferida

Que vem de azares do amor.

pra perto esse cepo arrasta

boa prosa a mim me basta

partilho um mate contigo.

De lá dos gringos hermanos

Me conta bem esse causo

Parece que não teve aplauso

Nos seus tratos com a bola

Foi pra casa antes que a gente

Time de faca nos dente

Que com Messi não joga mais.

O Messi nada jogou

e ao pato não deram água;

o Nilmar jogou de anágua

preso num bolo de atletas

Não saiu nada que presta

Foi bom só novela e festa,

Craques só poucos pra ver.

Mostram que ainda têm juízo

Ao menos tiveram medo

Foram pra casa mais cedo

Pra não perder pro Brasil.

Mas nós sempre solidários,

Depois dos empates, vários,

Fomos pra casa também.

Vejo assim tudo em família

ruindade há dos dois lados

isso quando os resultados

não foi obra do Ricardão.

Nem me meto no assunto

Pois corda fina e defunto,

É o lado podre que rompe.

Devo encilhar o cavalo

E dar de rédeas no bicho

Pois mexer com tanto lixo

Traz azares quando falo.

Vamos embora, alazão,

Pois quando tenho razão

Digo tudo e não me calo.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 25/07/2011
Código do texto: T3116960
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.