NA ETERNIDADE



Ele amou a vida inteira
Mas houve um erro de percurso
E nele tantas barreiras,
Que quase acabou com tudo..
Sempre foi correspondido
Porém, um amor à distância,
Sem jamais ter se expamdido,
foi só amor, sem cobranças...

E como a nossa esperança
É sempre a última a morrer,
Não fez com ela, aliança
Para o amor sobreviver.
Foram tantos desencontros
Sem ter direito a bonança
Que o amor perdeu o encanto
Pondo fim à esperança.


Entregou-se aos desenganos
Pois seu coração sangrou
Foi semear noutro plano
As sementes desse amor...
Do outro lado da vida
Onde ele repousa agora,
Vai semear margaridas
E transformá-las em rosas.

Das sementes que deixou
Com os pés fincados na terra,
Hão de germinar amor;
A vida assim, não se encerra...
Transforma-se-há tão somente
Em essência e em saudade,
Vai prosseguir simplesmente
Enfim, na eternidade.
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Ao meu sempre amado irmão Marcelo que recentemente foi semear amor do outro lado da vida, com  minha saudade eterna.


Brasília, 05/11/2011