* A alimentação do interior antigamente *

Mais uma vez estou aqui

Falando para você

De novo de alimentos

Para poderem conhecer

O lado bom e ruim

Para você e para mim

Para podermos escolher

Percebo que muita gente

Ainda não sabe escolher

Em vez de fruta ou suco

Ou um leitinho beber

Enchem a barriga de besteira

Comendo por brincadeira

E não querem adoecer

E é somente por isso

Que ás vezes nos faz mal

Produto industrializado

E armazenados mal

Uma vez consumidos

Já estamos perdidos

Levam-nos ao hospital

A melhor coisa do mundo

É fazer minha comida

Sei o que estou comendo

Não corro risco de vida

Pego um galinha no terreiro

Ponho bastante tempero

E vou cuidando da lida

Esses frangos de granja

Crescidos com injeção

São carregados de hormônios

Que influi na formação

De meninos e meninas

Essas coisas pequeninas

De nossa população

Antigamente se via

Fartura em quase toda casa

Animais criados com milho

É pé duro que chamavam

Frutas maduras nas árvores

Tinham em quase todos os lares

Ninguém as pulverizava

Jamais me esquecerei

Da rapadura com feijão,

O mexido de cuscuz,

Mão de vaca com pirão,

Feijão com toucinho e maxixe,

Não sei se ainda existe

É tradicional do sertão.

Um baião de feijão maduro,

Com um peixe assado ou frito

Ovos cozidos ou estrelados

Só ganham de mim no grito,

Batata doce e jerimum,

Talvez ainda falte algum

Que eu ainda não tenha dito

As comidas de antigamente

Eram mais apropriadas

Comíamos tudo fresquinho

Não tinha nada congelada

E o nosso intestino

Não cometia desatino

Dizia muito obrigada

As comidas do passado

Valia á pena comer

Eram alimentos fortes

Faziam a gente crescer

Plantava-se e colhia

Era aquela alegria

Ver um fruto amadurecer

Claudia Pinheiro
Enviado por Claudia Pinheiro em 26/02/2012
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