PROPAGANDA ENGANOSA


Deram-me algumas sementes
Dizendo serem de rosas,
De perfume inebriante
E eu as plantei toda prosa.
Todo santo dia eu ia,
Observar a plantinha
Que de pressinha crescia
Viçosa e sempre verdinha...

E depois de alguns dias
Nasceram alguns botões
Qual criança eu me sentia,
Controlava as emoções,
Estava tão ansiosa
Pra vê-los desabrochar,
Que já as via mimosas,
Que as iria multiplicar...

Foi aí que de repente,
Veio o desapontamento.
Não eram de rosas as sementes
Sintam o descontentamento!
Não que eu não goste de flores,
De todo jeito são lindas!
Fossem as mais simples que fossem
Mas essas rosas eram minhas!

Eram cravos amarelos
E de todos os tamanhos
Na sua forma, eram belos,
Porém, ficou muito estranho.
As sementes eram de rosas
Segundo, quem as me deu,
Foi propaganda enganosa
E quem se decepcionou, fui eu.