Se renove nos Dez de Queixo Caído.

Autor: Daniel Fiúza.

09/06/2012

Vejo logo a diferença

Quando armas são baixadas

Mãos amigas estiradas

Na poesia é a crença

Me vem alegria imensa

Me despertando o sentido

Eu junto o que foi partido

Com cola de sentimento

Estrelas do firmamento

Nos Dez de Queixo Caído!

Se a mola não me amolasse

Eu não amolava a mola

E também passava a bola

Se com a bola jogasse

E tudo de bom voltasse

No couro desse enxerido

Bebendo o que for servido

Que bate só quando apanha

Nem sempre a batalha ganha

Nos Dez de Queixo Caído!

Se a liga nem me liga

Eu não ligo pro elástico

Não querendo ser sarcástico

E nem pivô de uma briga

Eu não sou rosa nem urtiga

Prefiro o esclarecido

Exposto e bem resolvido

Onde a jarra aranha a aranha

Não sou curau nem pamonha

Nos Dez de Queixo Caído!

E se a tina me atinasse

Também atinava a tina

Queimando adrenalina

Em tudo que se formasse

Quando o murmúrio acabasse

Sem vocação pra bandido,

Só meio desiludido

No meio do piquenique

Aroeira xiquexique

Nos Dez de Queixo Caído!

Macaco peba e preá

Coquetel de boa vontade

Suco de sinceridade

De graviola e cajá

Fortaleza Ceará

Bebendo leito mugido

Queijo qualho derretido

Feito criança risonha

No paraíso que sonha

Nos Dez de Queixo Caído!

Pros lados duma saudade

Mora um poeta criança

Na terra da esperança

No município verdade

Jardim de felicidade

Do nada quase surgido

Do burburinho fugido

Sem tirar nada nem por

Amigo faça o favor

Nos Dez de Queixo Caído!

Sem o louro das lorotas

Falado a boca miúda

Deserto quente de ajuda

Nem sempre ajuda as botas

Sobrando sombras nas grotas

Se só problemas tem tido

E outros dele ter rido

Numa lavra de vergonha

Toda a galera tristonha

Nos Dez de Queixo Caído!

Tico e teco Pernalonga

Ninguém quer ser o pateta

Linha torta, linha reta

Com cara de sucamonga

No tinir da araponga

Vai magoar seu ouvido

Fazendo grande alarido

No revoar da cegonha

O tempo diz ande Tonha

Nos Dez de Queixo Caído!

A roupa do rei de Roma

É um deslumbre de fato

Sendo ganso, frango ou pato

No cordel Ninguém embroma

Ou vai sofrer um angioma

O verso fica Bulido

E o poeta mei’iludido

Porque sua rima assanha

Falando com a voz fanha

Nos Dez de Queixo Caído!

Passarinho quando passa

Procurando outro meio

Não quer ser patinho feio

Nem o cisne chei’de graça

Só quer coragem e raça

Pra não ficar deprimido

Com o ego comprometido

O bom é ser verdadeiro

Nem último nem o primeiro

Nos Dez de Queixo Caído!

Agradeço as interações dos meus amigos Silva Filho, Rosa Regis, Fátima Galdino e Júnior Adelino.

SANTA BÁRBARA DOESTE

QUE BARBARIDADE TCHÊ

FIUZA CADÊ VOCÊ

O VELHO CABRA DA PESTE

NÃO SE LEMBRA DO NORDESTE

DO CEARÁ TÃO QUERIDO

DE UM TEMPO DIVERTIDO

COM A TURMA DA USINA

HOJE SEGUE SUA SINA

NOS DEZ DE QUEIXO CAÍDO.

Silva Filho

É claro que eu me lembro

Aquele foi tempo bom

Foi quando eu virei Dom

O mês melhor foi setembro

Dali eu fui só um membro

Era pequeno e encolhido

Mas você era escolhido

Poeta cabra da peste

Na maestria do mestre

Nos dez de queixo caído.

Dom

Domfiuza, meu colega

De Recanto e de rimada,

Te digo meu camarada

Meu poetar não sonega

Um comentário, e se apega

A algo que faz sentido

Deixando assim, meu querido

Uma mensagem de Paz

A alguém que tão bem faz

Um Dez de Queixo Caído!

Rosa Regis.

Rosa Regis cordelista

Muié de mil predicados

Faz os versos tão rimados

Pois sei é especialista

Uma verdadeira artista

O meu versar foi nutrido

Eu sou teu fã assumido

Pois gosto de coisa boa

Feito por tua pessoa

Nos dez de queixo caído.

Domfiuza.

Dom, poeta e cordelista

Que é por Deus abençoado

Traz da vida esse legado

Vim te fazer uma visita

Ler teus versos de artista

Que me alegra em sustenido

Vou embora, meu querido

Deixo aqui o meu registro

Neste cordel que invisto

Nos dez de queixo caído.

Fátima Galdino

Fátima, digo obrigado

Por seu carinho agora

A minha emoção já chora

Por mais esse predicado

Deixa o coração calado

Com sentimento contido

No meu peito comprimido

Por tanta felicidade

Agradeço a sua bondade

Nos dez de queixo caído.

Dom.

QUEM ENGUIÇOU O ENGUIÇO

DIZEM QUE FOI A ENGUIA

E POR QUE A LAGARTA UM DIA

LARGOU O ALAGADIÇO?

E A TURMA DO DEIXA DISSO

NÃO DEIXOU NADA ESCONDIDO,

MAS ACHOU QUE ERA PERDIDO

PERDER O QUE TINHA ACHADO

PORQUE NÃO FOI ENCONTRADO

NOS DEZ DE QUEIXO CAÍDO!

JÚNIOR ADELINO

ABRAÇOS POETA, SEU DEZ DE QUEIXO CAÍDO FICOU MARAVILHOSO!PARABÉNS!

O que foi que enguiçou

Nesse enguiço peregrino

Um cabra de Ouro Fino

Que na vida se quebrou

E nunca mais consertou

Nesse enguiço resumido

Dum prego desiludido

Na enguiçação pavorosa

Nessa quebra desastrosa

Nos dez de queixo caído!

Dom.