* Carpintaria *

Contam que na carpintaria

Houve uma estranha assembleia.

Uma reunião das ferramentas

Para trocarem ideias

E acertarem suas diferenças

Aceitando as evidências

Sem precisar de plateia.

O martelo exerceu a presidência,

Participantes queriam lhe tirar

Notificaram que não deu certo

Que ele teria que renunciar.

Fazia um barulho demasiado

Deixando-os incomodado

Quando estava a golpear.

O martelo aceitou sua culpa,

Dizendo: Ok! Tudo bem!

Para isso fez um pedido

Expulsem o parafuso também.

Ele dar voltas demais

Percebo que não é capaz.

De assumir o cargo que tem.

Diante deste ataque,

O parafuso concordou,

Mas pediu a expulsão da lixa.

Diante de todos se justificou

Ela era áspera no tratamento

Atritava a todo momento.

A lixa a decisão acatou.

Também fez um pedido

E impôs sua condição

Queria que expulsassem o metro,

Que media sem precisão.

Segundo a sua medida,

Como se fosse nessa vida

O único cheio de perfeição.

Então entrou o carpinteiro,

E seu trabalho iniciou.

Pegou o martelo, a lixa,

O metro e o parafuso utilizou.

E assim, a rústica madeira

Converteu num móvel de primeira

E a reunião se encerrou.

Veja que linda lição

Deram esses materiais.

Perceberam que são importantes

Na atividade que cada um faz.

Após uso com sabedoria,

Objetivo e sintonia.

Deixando a ambição para trás.

Claudia Pinheiro
Enviado por Claudia Pinheiro em 28/03/2015
Reeditado em 07/07/2015
Código do texto: T5186610
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