* Os navios e a vida *

Certa vez, um homem sábio

Foi às docas para observar

Os navios entrarem, saírem

E subirem em alto mar.

Viu que, quando um navio saía

Para o alto mar e sumia,

As pessoas ficavam a festejar.

Desejavam boa viagem

Todos juntos a acenar.

Enquanto outro navio

No porto estava a entrar

Era ignorado pela multidão.

Ninguém prestava atenção

Que o mesmo estava a atracar.

O sábio dirigiu-se às pessoas,

Rapidamente foi dizendo:

- Vocês olham as coisas ao contrário!

E não estão compreendendo

Quando um navio da partida,

Não se sabe o destino da vida

Vocês estão me entendendo.

Qual será o seu fim

O que virá pela frente.

Não há motivo para celebrar

Antes que volte novamente.

Devemos ter muita confiança

Que entre no porto em segurança,

Para comemorar alegremente.

Nós somos o navio

A vida é aquela viagem.

Quando nasce uma criança,

Festejamos ao ver sua imagem.

Quando uma alma volta para casa,

Pranteamos com os olhos em brasa

Por alguém ter feito a passagem.

Porém se víssemos a vida na terra

Da mesma maneira que o sábio via,

Talvez pudéssemos dizer

Sem sofreguidão ou rebeldia.

O navio a sua jornada terminou,

As tempestades da vida, acabou.

Agora é hora de alegria.

Finalmente entrou no porto.

E agora está seguro em casa.

Comemore se alegre, sorria,

Pule, grite e extravasa.

Está com o pai eterno

Se encontra no leito fraterno

Seu espírito cria asa.

Claudia Pinheiro
Enviado por Claudia Pinheiro em 01/07/2015
Código do texto: T5296423
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