Cabra de cidade

Depois de escrever estes versos

Eu me mudo pru sertão

vou me embrenhar pelas matas

viver qui nem Lampião

Aqui num me acustumo

é muita modernidade

Morro e num mi adapito

Num sou Cabra de Cidade

Os Homi de Tatuage

nas Ureia um Brinquinho

bota pince,pinta as unha

pra dizer qui é gatinho

E eu muito ignorante

num vem pra min qui num tem

homi pra min é Jorge Bush

que lascô Sadan Russêm

Esses homi de cidade

vocês sabe como è

se liga num baseado

e os cabelo é de Mulé

No sexo só invenção

tem um tá de aterramento

e as mulé reclamando

de tanto constrangimento

Se inventa de casá

é outra disilução

injôa logo da fruta

se acaba logo a tesão

De noite a muié romantica

suada da Maiação

e o bicho muito Chapado

Ligado muito doidão

-ôce num dá no côro

a sua cobra tá morta

mande cá minha pensão

se vá por aquela porta

E bota um short apertado

Um fio dental já torando

impina o Peito e a bunda

e vai a praia cantando

Vai na praia se bronzeia

e fica toda tezão

mas tarde faz penteado

pra torar o "Ricardão"

E o corno vigiando

nunca para de chorar

promete mudar de vida

se de volta lhe aceitar

chifre é coisa de homem

o boi tem de inchirido

é ilusão na cabeça

de "pensa" que é traido

Amor é coisa de dois

O perdão Celestial

quem nunca levou um chifre

nunca sentiu dor igual

que sente um corno(a) chorando

na dor da desilusão

ou bar tomando cana

pra afogar a paixão

E pode rir muito a vontade

do que o poeta escreveu

mas se num dé gargalhada

lembrou um passado seu

homem que bati em mulher

que em casa é valentão

seu destino é ser chifrudo

e virar um bebarrão

Mulher é bicho gostoso

se amansa com carinho

um aperto ,um remelexo

de quando, em quando um beijinho

Nada de violência

pontapé nem empurrão

lembre maria Bonita

e os Chifres de Lampião

Mas converse com a Patroa

pra se vestir bem decente

nada de short apertado

ou de roupa transparente

Mas se num qué lhe ouvir

e for deitar falação

num deixe sua mulé

num arranje confusão

Ande sempre de mãos dadas

e sorria do destino

pois isto é sua sina

traçou-se desde menino

É a mulher semi nua

e os macho só olhando

A bicha mostrando as Curva

E o corno Brabo Rosnando

A poesia popular

já cumpriu o seu papel

eu sou edivaldo Cobra

este aqui nosso Cordel

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Isto é uma brincadeira ,para com a juventude e entre estes uma infinidade amigos, que brincam com meus cabelos prateados levemente,do alto dos meus 42 anos ,a vida é assim ,quanto mais sorriso melhor qualidade de Vida.

Edivaldo Cobra

EDIVALDO COBRA
Enviado por EDIVALDO COBRA em 14/10/2005
Código do texto: T59591