O AMOR E A IDADE

Falam que após certa idade

Tudo passa a decair,

Mas contesto essa inverdade –

Vou-la, assim, indeferir:

Isso é puro preconceito

De quem não sabe direito

Que o melhor está por vir.

Argumenta a mocidade:

"Velho não tem mais valor";

Flagrante imbecilidade,

Um descaso, um desamor –

Pensamento rarefeito,

Mesmo até um desrespeito:

Vale é o interior.

Rampa a animosidade

Com quem tem velhas manias,

Mas depois vem a saudade

Dessas idiossincrasias:

Uma dor dentro no peito

De quem sente, bem sem jeito,

Falta de sua companhia.

Desta vida a brevidade

É notória; contradigo

Que a cruel senilidade

É dos anos certo artigo;

Quem planta o amor, faz bem feito,

A seu tempo, com efeito,

Colherá suave abrigo.

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Grato pela interação de Uma Mulher Um Poema:

Quando o amor chega quietinho e contagia

Não existe regras, números, nem leis

De repente sentimos uma forte alegria

Nos instantes de emoção e prazer

O real se transforma em fantasia

A tristeza é curada com felicidade

O abraço dura uma eternidade

Pro carinho não há tempo nem idade.

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Grato pela interação do poeta Alkas:

Quem bem se resolve

a opinião alheia não o comove

pensem o que pensem, pura opinião

ser feliz é o que importa, é a razão

dito por dito

está tudo ditado

a tudo, eu interdito

estar conforme é o recado...

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Grato pela interação do poeta Bosquim:

O amor não tem idade

já dizia Galileu

muito embora a gravidade

contrarie ele e eu.

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George Gimenes
Enviado por George Gimenes em 26/07/2017
Reeditado em 06/08/2017
Código do texto: T6065423
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